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Bodoquena terá primeira caverna alagada para visitação

Parque Nacional da Serra da Bodoquena, sediado no município sul-matogrossense de Bonito, terá a primeira caverna alagada aberta à visitação pública em Parques Nacionais brasileiros. Liberação da área será possível com a conclusão do plano de manejo
Publicado: Quarta, 03 Janeiro 2007 22:00 Última modificação: Quarta, 03 Janeiro 2007 22:00

Rafael Imolene

O Parque Nacional da Serra da Bodoquena, sediado no município sul-matogrossense de Bonito, no oeste do estado, terá a primeira caverna alagada aberta para visitação pública em Parques Nacionais brasileiros. A liberação da área será possível com a conclusão do plano de manejo, cuja publicação está prevista para junho próximo.

A implementação do parque é uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente, e sua regularização fundiária é uma das prioridades do governo. Somente em 2006 foram efetuados pagamentos referentes a 5.000 hectares desapropriados, confirmando o compromisso do governo em efetivar os projetos ambientais previstos para a área.

Com a publicação do plano de manejo, estará definida a utilização das diferentes áreas do parque, seja para uso público ou preservação, inclusive a visitação ao Buraco das Abelhas, a primeira caverna alagada do Brasil localizada em Parque Nacional que poderá receber turistas. "Estamos concluindo o estudo da água e o mapeamento geológico, entre outros estudos, para definir a correta utilização da caverna", explica do chefe do parque, Adílio Miranda. "A caverna é profunda. Até agora o cabeamento já tem três quilômetros e ainda não terminamos", diz.

O Parque Nacional da Serra da Bodoquena possui 76.481 hectares, incluindo os municípios de Bonito, Jardim, Bodoquena e Porto Murtinho, todos no Mato Grosso do Sul. A beleza de suas paisagens e cavernas deverá alavancar ainda mais a vocação regional para o ecoturismo, um gerador de renda entre as cidades próximas.

A vegetação do Parque é composta por Mata Atlântica e cerradão, sendo que pesquisadores identificaram em 2005 mais de mil espécies vegetais e mais de 400 espécies de aves, algumas raras e ameaçadas de extinção. Entre as espécies vegetais, foi identificada uma pequena flor, a dimerostema annun, considerada extinta no Brasil havia 160 anos. A rica fauna conta com a presença da harpia, por exemplo, a maior ave de rapina do mundo, que chega a pesar 10 quilos e medir até três metros de envergadura.

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