A Estratégia Mercosul de Luta contra a Desertificação, a Degradação da Terra e os Efeitos da Seca, elaborada em Brasília nos últimos três dias, será agora submetida à apreciação dos ministros do Meio Ambiente do Brasil, da Argentina, do Paraguai, do Uruguai, da Venezuela, da Bolívia e do Chile. O documento, por enquanto sigiloso, foi elaborado em três reuniões coordenadas pelo Brasil.
De acordo com o representante do Ministério do Meio Ambiente do Brasil, José Roberto Lima, a missão do grupo foi elaborar uma estratégia conjunta de combate à desertificação no Mercosul, de forma integrada com as políticas de combate à pobreza, de preservação e conservação ambiental e de produção sustentável. Ele explica que as projeções sobre desertificação, feitas por institutos de pesquisa internacionais, são catastróficas - e começam a ser sentidas.
No Mercosul, o problema é grave em função da dimensão do fenômeno no Brasil, Argentina e no Chile. Quase 23% do território brasileiro foi afetado; 70% na Argentina e 64% no Chile.
Além do documentos a ser analisado pelos ministros, um dos principais avanço do grupo de trabalho do Mercosul, desde sua criação, em 2005, foi a estratégia de firmar parcerias com organismos internacionais a busca de soluções. Alguns parceiros que se incorporaram à luta contra a desertificação, com idéias e financiamentos: Instituto Interamericano de Cooperação na Agricultura (IICA), Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Cooperação Técnica Alemã (GTZ) e Global Mecanismo.
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