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Encontro discute ações prioritárias para conservação do Cerrado

Publicado: Quarta, 22 Novembro 2006 22:00 Última modificação: Quarta, 22 Novembro 2006 22:00
Regina Rabelo

Representantes dos estados cobertos pelo Cerrado estarão reunidos em Brasília, até esta quinta-feira (23), para revisar e atualizar as áreas e ações prioritárias para conservação, uso sustentável e repartição de benefícios da biodiversidade no bioma. O encontro acontece no Instituto Israel Pinheiro (Lago Sul) e faz parte do processo de levantamento dos remanescentes dos biomas brasileiros.

Todo o trabalho está sendo desenvolvido levando em conta a conservação da biodiversidade, o uso sustentável e a repartição de benefícios, que são as três vertentes estabelecidas pela Convenção de Diversidade Biológica (CDB), da qual o Brasil, além de signatário, é um dos principais articuladores.

Durante o ano de 2006, o levantamento aconteceu em todos os biomas. Já estão concluídos no Pampa, Mata Atlântica e Amazônia. No Pantanal e na Caatinga o processo acontece nos próximos dias. A Zona Costeira e Marinha também estão em fase de conclusão.

O resultado final do seminário será encaminhado para a Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio), responsável pelo acompanhamento da atualização das áreas prioritárias que está sendo feito em todos os biomas brasileiros. A previsão é que o levantamento de todos os biomas esteja concluído até o final deste ano. O encontro atualiza dados levantados entre 1998 e 2000, pelo Probio.

O encontro reúne diversos segmentos sociais, ongs, ambientalistas, setor empresarial e de agricultura. Os participantes se reuniram em cinco grupos de acordo com o estado de atuação: Piauí e Maranhão (grupo 1), Tocantins e Bahia (2), Goiás e Distrito Federal (3), Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (4), Minas Gerais, São Paulo e Paraná (5). Cada grupo está discutindo a delimitação e a caracterização das áreas prioritárias de suas regiões, definindo a urgência e importância de cada uma.

De acordo com o coordenador do Núcleo de Cerrado do MMA, Mauro Pires, algumas áreas selecionadas em 1998 já foram convertidas em atividades econômicas predatórias. "Nosso debate hoje é definir áreas que podem continuar como prioritárias e os tipos de ação mais indicados para cada área", explicou.

Mauro Pires citou o exemplo de áreas do Cerrado no sul do Maranhão e do Piauí que sofreram impactos muito fortes como a agricultura desordenada, especialmente nas chapadas. "A preocupação é grande, já que sabemos que as chapadas são importantes para a manutenção dos recursos hídricos do Brasil", completou.

Para Mauro Pires em 2006 o trabalho de atualização tem sido mais eficaz que o de 1998, inclusive porque conta com ferramentas de cruzamento de informação mais sofisticadas. "Em termos de planejamento dessas áreas nós temos uma situação mais confortável do que o que tínhamos em 98. Infelizmente a área de cerrado é muito menor hoje", disse Pires.

Entre as áreas de Cerrado em bom estado de conservação, Mauro Pires cita o nordeste de Goiás e as chapadas do Piauí. "A parte norte do Cerrado brasileiro tem chances de fazer a conservação, enquanto na parte sul as ações serão mais voltadas para a recuperação, como é o caso de Brasília, por exemplo", informou.


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