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MMA realiza seminário sobre áreas prioritárias do Cerrado

Publicado: Domingo, 19 Novembro 2006 22:00 Última modificação: Domingo, 19 Novembro 2006 22:00

Daniela Mendes

Teve início nesta segunda-feira (20), no Instituto Israel Pinheiro (Lago Sul), em Brasília, um seminário sobre ações prioritárias para conservação, uso sustentável e repartição de benefícios do Cerrado.

Promovido pelo Núcleo de Cerrado do Ministério do Meio Ambiente (MMA), o encontro, que encerra no dia 23, tem a finalidade de reunir diversos setores da sociedade para definir áreas e ações prioritárias para esse bioma com base em informações técnicas coletadas e sistematizadas pelo MMA desde o início de 2006.

Participam do evento representantes de diversos segmentos sociais como quilombolas, indígenas, acadêmicos, organizações não-governamentais, governos estaduais, Confederação Nacional da Indústria, Confederação Nacional da Agricultura, entre outros.

O Cerrado é a segunda maior formação vegetal brasileira. Estendia-se, originalmente, por uma área de 2 milhões de km², abrangendo dez estados do Brasil, entre eles, Minas Gerais, Goiás, Ceará e Piauí. Hoje, a estimativa é de que restem apenas 20% desse total.

A presença de três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Tocantins-Araguaia, São Francisco e Prata) na região favorece sua biodiversidade. Essa riqueza biológica, porém, é seriamente afetada pela caça e pelo comércio ilegal. O cerrado é o sistema ambiental brasileiro que mais sofreu alteração com a ocupação humana. Atualmente, vivem ali cerca de 20 milhões de pessoas. Essa população é majoritariamente urbana e enfrenta problemas como desemprego, falta de habitação e poluição, entre outros.

A atividade garimpeira, por exemplo, intensa na região, contaminou os rios de mercúrio e contribuiu para seu assoreamento. A mineração favoreceu o desgaste e a erosão dos solos. Na economia, também se destaca a agricultura mecanizada de soja, milho e algodão, que começa a se expandir principalmente a partir da década de 80. Nos últimos 30 anos, a pecuária extensiva, as monoculturas e a abertura de estradas destruíram boa parte do cerrado.

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