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Seminário discute dados do Prodes sobre desmatamento

Publicado: Quarta, 08 Novembro 2006 22:00 Última modificação: Quarta, 08 Novembro 2006 22:00
Daniela Mendes

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou, nesta quinta-feira (9), a importância do Plano Nacional de Prevenção e Combate ao Desmatamento para a queda das taxas de desmatamento na Amazônia. Segundo Marina Silva, independentemente da correlação que se possa fazer com a retração da atividade agrícola na região, é visível que a ação do estado foi fundamental para reverter a curva de crescimento das áreas desmatadas na Amazônia. A ministra participou do quinto seminário técnico-científico de análise de dados referentes ao desmatamento na Amazônia Legal, realizado no auditório da Agência Nacional de Águas com representantes da comissão executiva do grupo interministerial de combate ao desmatamento.

Promovido pelo Ministério do Meio Ambiente, o encontro reuniu membros dos setores governamentais, não-governamentais e instituições que vêm realizando estudos para identificar as causas do desmatamento na região. O seminário teve como objetivo avaliar os dados do Projeto de Estimativa de Desflorestamento da Amazônia (Prodes), sistema responsável pelas taxas anuais oficiais. Segundo a análise parcial dos dados do Prodes, divulgada em outubro, a previsão é de uma redução de 30% no desmatamento, na Amazônia Legal, em 2005. Os dados devem estar consolidados em março de 2007 com análise de 220 imagens de satélite.


Marina Silva afirmou ainda que o problema do desmatamento na Amazônia não será resolvido apenas com ações de comando e controle do governo. "Tenho consciência de que a nossa agenda nos próximos anos vai estar muito atrelada à dinâmica do desenvolvimento, mas precisamos compreender a dimensão do que significam os resultados das operações do Ibama, por exemplo, que tiraram de circulação 100 servidores que atuavam cometendo fraudes dentro do sistema". Para a ministra é preciso fazer com que essa dinâmica de reduções seja virtuosa. "Não podemos baixar a guarda", afirmou.


Durante o encontro, representantes de instituições como o Instituto Socioambiental, o Museu Emílio Goeldi, Ibama, Ministério da Aeronáutica, entre outras, apontaram contribuições para combater o desmate na região. Segundo o secretário de Biodiversidade e Florestas, João Paulo Capobianco, as sugestões serão sistematizadas pelo Ministério do Meio Ambiente e devem contribuir para a proposta de um termo de referência de avaliação do Plano Nacional de Prevenção e Combate ao Desmatamento que deve ser iniciado pelo ministério no início de 2007.


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