Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > InforMMA > Parcerias buscam alternativas para recuperação ambiental do Rio Taquari
Início do conteúdo da página

Notícias

Parcerias buscam alternativas para recuperação ambiental do Rio Taquari

Produtores rurais de municípios da Bacia Hidrográfica do Rio Taquari (MS) visitarão os trabalhos de recuperação de solo e de identificação dos passivos ambientais na bacia do Rio São Lourenço. O rio é um dos principais afluentes do Pantanal.
Publicado: Segunda, 31 Julho 2006 21:00 Última modificação: Segunda, 31 Julho 2006 21:00

Gerusa Barbosa

Com apoio do Programa Pantanal do Ministério do Meio Ambiente, um grupo de 30 produtores rurais de nove municípios da Bacia Hidrográfica do Rio Taquari, no Mato Grosso do Sul, realiza  quinta e sexta-feira (3 e 4) uma visita ao estado do Mato Grosso para conhecer os trabalhos de recuperação de solo e de identificação dos passivos ambientais em algumas áreas da bacia do Rio São Lourenço. As atividades no local estão sendo desenvolvidas pelo governo mato-grossense, pela ong TNC (The Natury Conservancy) e Federação de Agricultores do Mato Grosso (Famato). A visita do grupo ao MT tem como objetivo buscar alternativas para recuperação da Bacia do Alto Taquari, um dos principais afluentes do Pantanal. A iniciativa conta com as parcerias do governo do Mato Grosso do Sul, Ministério Público, sindicatos de produtores rurais do Mato Grosso do Sul, Federação dos Agricultores do Mato Grosso do Sul (Famasul), MMA/Ibama.

Com 787 quilômetros de extensão, o Rio Taquari, ao longo de 30 anos, vem sofrendo agressões que resultaram em desastre ecológico. A origem do problema está concentrada mais na parte alta do rio, de onde grande quantidade de sedimentos provenientes do uso inadequado do solo para atividades da pecuária é levada para parte baixa da bacia, causando danos ambientais, como, por exemplo, o assoreamento do rio. Segundo o coordenador do Programa Pantanal do MMA, Paulo Guilherme, a idéia é realizar um trabalho inovador junto aos proprietários rurais em busca de alternativas para recuperação desse dano, em vez de só autuá-lo. "A simples autuação do proprietário não leva à recuperação do dano ambiental", afirma Paulo Guilherme, ressaltando, entretanto, que o trabalho de fiscalização está sendo feito fortemente. "Além da fiscalização, estamos utilizando outros procedimentos, por meio da educação ambiental, do convencimento e esclarecimento para, de forma compartilhada, buscar alternativa para os problemas ambientais na região", esclarece.

Os trabalhos para recuperar os danos ambientais no Taquari envolvem parcerias entre MMA/Programa Pantanal, Ibama, governo dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, proprietários rurais, entre outras, e são resultados da articulação do Grupo de Trabalho instituído pelo Ministério do Meio Ambiente com objetivo de elaborar propostas para recuperação do Taquari. Atualmente, os trabalhos buscam mapear, com imagens georreferenciadas, todas as propriedades no entorno do Alto Taquari. A iniciativa visa identificar o nível de degradação na bacia hidrográfica para definir alternativas conjuntas. Um convênio assinado em junho entre o Ministério do Meio Ambiente e a Fundação Educacional de Apoio à Pesquisa de São Gabriel do Oeste vai permitir o plantio de mudas de espécies nativas para revegetar todas as áreas de preservação permanente (APPs) e a reserva legal da bacia do Alto Taquari. O Viveiro de Mudas de São Gabriel do Oeste (MS), construído com recursos do Programa Nacional do Meio Ambiente (PNMA), irá produzir uma variedade de plantas nativas da região, como cedro, jequitibá, jatobá, angico, entre outras.

 

Fim do conteúdo da página