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ONGs reforçam parcerias para recuperação das APPs

Publicado: Quarta, 12 Julho 2006 21:00 Última modificação: Quarta, 12 Julho 2006 21:00
Gerusa Barbosa

O estabelecimento de parcerias entre proprietários rurais, sociedade civil, governos, etc, para recuperação e recomposição de Áreas de Preservação Permanente (APPs) em áreas urbana e rural foi tema bastante reforçado pelos representantes de organizações não-governamentais que debateram nesta quinta-feira (13) suas experiências no seminário sobre restauração de APPs, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente, em Brasília. Participaram dos debates representantes da Apremavi (Associação de Preservação do Meio Ambiente do Alto Vale do Itajaí), Apromac (Associação de Proteção ao Meio Ambiente de Cianorte), Instituto Socioambiental (ISA), TNC, e Instituto para Preservação da Mata Atlântica (IPMA).

Cada uma dessas entidades mostrou suas experiências nos biomas Mata Atlântica e Cerrado nas regiões Nordeste, Sul e Centro-Oeste, destacando, principalmente, que é possível recuperar as APPs no país trabalhando a educação ambiental, promovendo incentivos dos bens ambientais, incentivando a criação de RPPNs (Reservas Particulares do Patrimônio Natural), além de estimular o plantio de mudas de árvores e a restauração de matas ciliares, entre outras ações.

O Viveiro Jardim das Florestas é um dos exemplos apresentados pela Apremavi, entidade que atua em propriedade rural e municipal no estado de Santa Catarina, trabalhando com produção de mudas e na recuperação de áreas degradadas, de matas ciliares e de nascentes. A iniciativa visa a recuperação florestal no município de Atalanta (SC). A representante da Apremavi, Miriam Prochnow, informou que o viveiro produz um milhão de mudas por ano de cerca de 120 espécies diferentes de mata atlântica. O trabalho, que começou com o plantio de 18 mudas, é feito em parceria com proprietários que auxiliam em projetos ambientais para recompor matas ciliares e encostas, disse.

O representante Instituto Socioambiental (ISA), Rodrigo Prates, apresentou a Campanha ´Y Ikatu Xingu, desenvolvida na Bacia do Rio Xingu, no estado do Mato Grosso. Ele informou que a iniciativa tem como objetivo proteger e recuperar as nascentes e matas ciliares da bacia. Segundo ele, a estratégia de trabalho da campanha envolve comunidades indígenas, organizações não-governamentais, agricultores familiares, grandes produtores, universidades, movimentos sociais e governo. A intenção é promover e difundir práticas sociombientalmente sustentáveis e mobilizar a sociedade para construção de um novo modelo de desenvolvimento para a região.

O representante da Apromac, Eleutério Langowski, trouxe experiências da entidade feitas em parceria com comunidade e empresa dos projetos Corujinha, Gelita e Duke para recuperação florestal em APPs em área de fundo de vale urbana, em área rural e em reservatórios de hidrelétricas na região de Maringá, no Paraná.

O Instituto para Preservação da Mata Atlântica (IPMA), que atua na regeneração florestal em área de usinas em Alagoas, mostrou que o envolvimento dos usineiros, da comunidade e da escola, e a criação de RPPNs são importantes ferramentas para preservação e conservação dos remanescentes da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica no estado, principalmente na Zona da Mata.


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