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Projetos de Minas Gerais e Rio de Janeiro são exemplos de restauração de APPs

Publicado: Quarta, 12 Julho 2006 21:00 Última modificação: Quarta, 12 Julho 2006 21:00

Daniela Mendes

Especialistas de diversos estados que participam do Seminário Nacional Restauração de Áreas de Preservação Permanente (APPs), em Brasília, trouxeram suas experiências e apresentaram projetos sobre restauração. Minas Gerais apresentou o trabalho desenvolvido pelo Projeto de Proteção da Mata Atlântica (Promata-MG) que tem por objetivo promover ações de proteção, recuperação e uso sustentável na região da Mata Atlântica mineira.

O Promata atua diretamente em 15 Unidades de Conservação e seus entornos, abrangendo uma área total de 140 mil quilômetros quadrados distribuídos em 429 municípios pertencentes ao Alto Jequitinhonha, Vale do Rio Doce, Zona da Mata, Centro-Sul e Sul do estado. Toda essa área equivale a aproximadamente 25% do território mineiro.

A iniciativa resulta do acordo de Cooperação Financeira Brasil-Alemanha por meio do Banco Kreditanstalt für Wiederaufbau (KfW), agente financiador do Ministério de Cooperação Internacional da Alemanha (BMZ). Ao longo dos quatro anos de duração deste projeto, de 2004 a 2007, o governo alemão disponibilizará cerca de 7,7 milhões de euros e, em contrapartida, o mesmo valor será destinado pelo governo de Minas Gerais o que resulta em investimentos da ordem de R$ 50 milhões revertidos em recursos para o Promata-MG.

As ações do Promata-MG são focadas em cinco componentes interdependentes e complementares. São eles: o fortalecimento das unidades de conservação, o monitoramento, fiscalização, controle,
prevenção e combate a incêndios florestais, o desenvolvimento sustentável nos entornos das UCs e áreas de conectividade, além da coordenação, monitoria e avaliação.

"Hoje nós já chegamos a dois mil hectares restaurados e esperamos chegar a cinco mil nos quatro anos do projeto. Hoje são 120 produtores beneficiados ou fomentados por essa atividade. Um outro grande benefício que se trouxe foi a mudança na percepção de que é preciso preservar essas áreas", acredita Ricardo Galeno, do IEF/MG.

Já o governo do Rio de Janeiro apresentou um projeto de recomposição de matas ciliares e nascentes na bacia do rio Macaé. O projeto, desenvolvido pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) do Rio de Janeiro, fica num dos mais cultuados paraísos do estado, a área serrana da Bacia do Rio Macaé, de exuberante Mata Atlântica, onde está localizada a região do rio Sana.

O projeto recuperou 70 hectares de terras, sendo 40 hectares de matas ciliares e 30 de agroflorestas. Ele é resultado de medida de compensação ambiental obtida por convênio da secretaria, do IEF e da termelétrica El Paso. O projeto teve duração de 10 meses e custo de R$ 1,2 milhão.

"Nós já estamos desenvolvendo no estado do Rio de Janeiro outros programas usando a mesma metodologia. Acho que conseguimos consolidar uma estrutura que é economicamente mais viável e beneficia a comunidade", afirmou Maurício Lobo, do IEF/RJ.

O projeto contempla também a recuperação do horto de Santa Maria Madalena, administrado pelo IEF, o que possibilitou o aumento da produção de mudas de espécies nativas, além da realização de atividades de educação ambiental e a mobilização da comunidade de Sana.


 

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