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Sociedade quer aprovação do projeto de lei da Mata Atlântica, diz Marina Silva

Marina Silva, participou neste sábado, em Ilhéus, na Bahia, das comemorações do Dia Nacional da Mata Atlântica (27 de maio). Ela lembrou que o bioma cobre o litoral, planaltos e serras do interior do Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul.
Publicado: Sexta, 26 Maio 2006 21:00 Última modificação: Sexta, 26 Maio 2006 21:00

Gerusa Barbosa

 

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participou neste sábado, em Ilhéus, na Bahia, das comemorações do Dia Nacional da Mata Atlântica (27 de maio). As  atividades, organizadas pelo Ministério do Meio Ambiente, em parceria com  o Ibama, Rede Mata Atlântica, governo da Bahia, prefeitura de Ilhéus, acontecem durante todo o dia no auditório da Ceplac, no centro da cidade, com a realização de seminário que vai debater sobre o bioma e o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc).

Em seu discurso, Marina Silva lembrou que há 14 anos o projeto de lei de Mata Atlântica tramita no Congresso Nacional. "A cada ano se perde 100 mil hectares da mata enquanto o projeto tramita. É  preciso que o projeto entre com urgência em votação". A ministra salientou o empenho do governo federal pela aprovação do projeto. "A sociedade brasileira quer o projeto aprovado para proteger os 7% que ainda restam da mata atlântica", disse.

Marina Silva lembrou que uma política consistente é a melhor forma de ajudar um governo e o desenvolvimento de um país. Ela citou que a política ambiental  do país orientada pelas quatro diretrizes: controle e participação da sociedade, desenvolvimento sustentável, fortalecimento do Sisnama e política ambiental integrada fez com que o Ministério do Meio Ambiente trabalhasse com todos os segmentos e diferentes níveis da federação. "Hoje podemos celebrar a redução do desmatamento na Amazônia e na Mata Atlântica graças ao envolvimento  dos setores e das parcerias", ressaltou.

A ministra informou que os estudos para criação e ampliação de unidades de conservação na região sul da Bahia estão sendo feitos com a participação do governo do estado, da sociedade civil, de pesquisadores, de técnicos para depois passar por consulta pública. "Esse processo deu certo no Paraná, em Santa Catarina, está dando certo na Amazônia, e na Bahia não vai ser diferente", afirmou.

Para a ministra, a criação de unidades de conservação em biomas que estão ameaçados é uma prioridade do ministério. Entretanto, segundo ela, o processo deve ser amplo e participativo. "O ministério tem procurado junto aos diferentes segmentos da sociedade ampliar cada vez mais as ferramentas de atuação na agenda de criação de unidades de conservação".

Durante o evento, o secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, anunciou a liberação de R$ 140 mil para investimento no Parque Municipal Mata da Boa Esperança, localizado na área urbana de Ilhéus. Os recursos serão repassados pelo Projeto Corredores Ecológicos do MMA ainda este ano. O parque possui cerca de 500 hectares de mata atlântica primitiva.

Participam do encontro em Ilhéus, que segue até este domingo, representantes de ONGs da Rede Mata Atlântica, das administrações púbica municipal, estadual e federal, instituições de ensino e pesquisa, entre outros. No encontro, serão debatidas as ações governamentais para proteção do bioma, bem como o fortalecimento de parceria com a finalidade de atingir a meta de desmatamento zero no bioma Mata Atlântica.

 

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