O Ministério do Meio Ambiente programou, entre sexta-feira (26) e domingo (28), um seminário para discutir políticas de conservação da Mata Atlântica. A ministra Marina Silva participa do evento em Ilhéus, na Bahia, neste sábado (27), data em que se comemora o Dia da Mata Atlântica.
O seminário é resultado de uma parceria entre o governo federal, o governo da Bahia, a prefeitura da Ilhéus, o Ibama e a Rede Mata Atlântica. Um dos pontos debatidos será o estudo para criar e ampliar Unidades de Conservação (Ucs) nas regiões sul, baixo sul e extremo sul do estado. Será apresentado também o Plano Nacional de Áreas Protegidas (PNAP) e lançado o edital de um programa que faz parte dos Projetos Demonstrativos Mata Atlântica 2006. O edital prevê aproximadamente R$ 6 milhões para o apoio de grandes projetos locais e regionais que beneficiem o bioma. ONGs e entidades da sociedade civil envolvidas com o tema podem participar.
O evento divulgará outras ações do governo federal para assegurar a manutenção, conservação e recuperação do bioma. A importância da aprovação do projeto de lei da Mata Atlântica também entrará nas discussões. Ele tramita no Congresso Nacional há 14 anos. Desde fevereiro aguarda a votação final. O seminário foi desenvolvido com o objetivo de aproximar ainda mais o poder público e a sociedade civil na busca de mecanismos para que o país alcance a meta do Desmatamento Zero no bioma.
Aproximadamente 70% da população brasileira vive na Mata Atlântica. O bioma compreende as maiores cidades e mais importantes pólos industriais do país. Originalmente, suas diferentes formações florestais se estendiam por 1.360.000 km2 do território brasileiro. No entanto, o bioma sobrevive hoje em apenas 7,84%. Todo o resto foi destruído. A Mata Atlântica está entre as 25 regiões mais ricas em biodiversidade do mundo e entre as mais ameaçadas também. O ministério já desenvolve inúmeras ações para combater a perda do bioma. A criação de Ucs é uma delas.
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