Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > InforMMA > País integra Iniciativa internacional para combater espécies exóticas invasoras
Início do conteúdo da página

Notícias

País integra Iniciativa internacional para combater espécies exóticas invasoras

Publicado: Domingo, 21 Maio 2006 21:00 Última modificação: Domingo, 21 Maio 2006 21:00

Marluza Mattos

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, assinou nesta segunda-feira (22), durante comemorações do Dia Internacional da Biodiversidade, um memorando de entendimento para que o governo brasileiro integre a Iniciativa das Dez Nações do Programa Global sobre Espécies Exóticas Invasoras.

A Iniciativa das Dez Nações constitui um grupo de países, inicialmente dois de cada continente, que deverá coordenar as ações do programa, cujo objetivo é controlar e prevenir a invasão de espécies exóticas nos biomas. O Brasil é o segundo país a aderir à iniciativa. O primeiro foi a África do Sul, onde fica a sede do programa.

Segundo a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), espécie exótica é aquela que está fora da sua área de distribuição natural. Ela ameaça ecossistemas, habitats e espécies nativas. Estudos revelam que as espécies exóticas invasoras são a segunda maior causa de perda de biodiversidade do planeta, causando aos países problemas não só ambientais, mas econômicos e sociais.

Ao colonizar novos ambientes, o homem levou consigo plantas e animais domesticados. Isso permitiu que algumas espécies exóticas ganhassem condições de dispersão muito além de suas capacidades reais. Beneficios da modernidade, como o transporte aéreo, deram proporção ainda maior ao problema.

A publicação Espécies Exóticas Invasoras: Situação Brasileira faz um diagnóstico preliminar do caso no Brasil. Ela traz informações sobre espécies de insetos, fungos, ácaros, bactérias, moluscos, plantas e peixes que afetam águas continentais, os ambientes marinho e terrestre, os sistemas de produção e a saúde humana.

Um caso típico de espécie exótica invasora é do mexilhão dourado. O pequeno molusco que se fixa em qualquer substrato duro é oriundo da China. Chegou à América do Sul nas águas de lastro de navios mercantes. Invadiu a bacia Paraná-Paraguai e avança sobre as usinas hidrelétricas brasileiras, em função da ausência de predadores que controlem a sua população. Já foi encontrado na foz do rio da Prata e está presente até no Pantanal.

Em 2005, as espécies exóticas invasoras foram tema de um primeiro simpósio brasileiro que reuniu especialistas de todas as regiões do país, além de estrangeiros vindos da África do Sul, Jamaica, Argentina, Nova Zelândia, Portugal e Estados Unidos.




Fim do conteúdo da página