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Diretor defende que educação ambiental debata sobre tratados internacionais

V Congresso Ibero-Americano de Educação Ambiental propõe que as convenções internacionais sejam incluídas nos debates promovidos em torno da educação ambiental. O encontro acontece em Joinville até sábado (08) com presença de mais de cinco mil pessoas.
Publicado: Quarta, 05 Abril 2006 21:00 Última modificação: Quarta, 05 Abril 2006 21:00

Gerusa Barbosa

O diretor do Programa Nacional de Conservação da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, Paulo Kageyama, enfatizou nesta quinta-feira (06), em Joinville (SC),a necessidade de as Convenções das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica, Mudanças Climáticas e Combate à Desertificação integrarem a pauta de debates em torno da educação ambiental. Para ele, a população deve ser informada sobre esses tratados que, apesar de muito importantes, são bastante complexos.

"As negociações e discussões sobre esses temas são muito restritas atualmente", afirmou Paulo Kageyama ao falar sobre o papel da educação ambiental no enraizamento das convenções internacionais, durante o V Congresso Ibero-Americano de Educação Ambiental. Também participaram do debate o coordenador do Programa Agenda 21 Brasileira do Ministério do Meio Ambiente, Sergio Bueno, e representantes do Uruguai e da Espanha.

Promovido pelos Ministérios do Meio Ambiente e da Educação, órgão gestor da Política Nacional de Educação Ambiental, o encontro discute até o dia 8, em Joinville, a contribuição da educação ambiental para a sustentabilidade planetária. Mais de cinco mil pessoas de 25 países da América Latina, Caribe, Portugal e Espanha participam do evento.

De acordo com Paulo Kageyama, a sociedade desconhece a dimensão do problema relacionado à perda rápida da biodiversidade e ao desmatamento na Amazônia, temas discutidos na Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB). "Parece que não é um problema da população", destacou. Em sua opinião, é importante que o assunto seja debatido pela sociedade. Para o diretor, os temas das três convenções internacionais são cruciais para a vida da terra.

Ao contrário da CDB, segundo Kageyama, a Convenção sobre Mudanças Climáticas chega mais facilmente ao conhecimento da população, por tratar da emissão de gases estufa, que afetam diretamente a todo o mundo. Ainda assim, em sua opinião, está longe de a população entender profundamente o problema.

O coordenador da Agenda 21 Brasileira, Sergio Bueno, observou que a educação ambiental é um processo permanente de interação entre o homem e a natureza, e que tem contribuído para a implementação da agenda. "A educação ambiental constitui o grande instrumento de planejamento para a construção de sociedades sustentáveis", acrescentou. Em sua opinião, a Agenda 21 é a mais abrangente tentativa de promover, em escala planetária, um novo padrão de desenvolvimento, de produção e consumo. Porém, segundo ele, o processo de implementação da Agenda 21 requer uma parceria permanente entre Estado e sociedade, envolvendo comunidades, movimentos sociais organizados e iniciativa privada.

Sergio Bueno informou que os princípios da Carta da Terra têm sido utilizados na implementação das Agendas 21 Locais. No Brasil existem 678 iniciativas de Agendas 21 locais, nas mais variadas configurações territoriais, ou seja, por municípios, por microbacias e por bacias hidrográficas, entre outros. "A territorialidade é definida pela própria população", concluiu o coordenador.

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