Marluza Mattos
O avanço do desmatamento sobre a Mata Atlântica será acompanhado via satélite, assim como é feito com a Amazônia desde 2004. O Ministério do Meio Ambiente e o Ibama lançam o Plano de Monitoramento e Controle da Mata Atlântica nesta quinta-feira (30), às 18h30, na sala B 1.4 do Expotrade, em Curitiba, durante a 8ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP8).
O Ibama receberá do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) imagens precisas, em tempo real, de possíveis focos de desmatamento. "É um mecanismo muito importante, que vai dar mais agilidade à fiscalização", explica Wigold Schäffer, coordenador do Núcleo de Planejamento da Mata Atlântica do Ministério do Meio Ambiente.
A Mata Atlântica é considerada pela Unesco Patrimônio da Humanidade. Hoje, resta no Brasil apenas 8% da cobertura original. Ela possui vários ecossistemas, que se estendem por faixas litorâneas do Atlântico, florestas de baixada e de encostas da Serra do Mar, florestas interioranas e matas de araucária, abrangendo 17 estados.
O bioma possui grande diversidade de espécies, muitas não são encontradas em qualquer outro lugar do planeta. Estima-se a presença de 20 mil espécies de plantas angiospermas. Estudos apontam que ela possui 6,7% de todas as espécies do mundo. No bioma vivem 264 espécies de mamíferos, 849 de aves, 197 de reptéis e 340 de anfíbios.
A região coberta pela Mata Atlântica responde por 70% do PIB brasileiro. Nela, encontram-se rios como Paraná, Tietê, São Francisco, Doce, Paraíba do Sul, Paranapanema e Ribeira de Iguape, que juntos são responsáveis pelo abastecimento de mais de 120 milhões de pessoas.
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