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Ministros amazônicos discutem agenda socioambiental

Os ministros de meio ambiente do Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Suriname e Países Membros da OTCA discutiram a agenda socioambiental da Amazônia Continental nesta terça-feira (28). A reunião de países amazônicos aconteceu na COP-8.
Publicado: Segunda, 27 Março 2006 21:00 Última modificação: Segunda, 27 Março 2006 21:00
Gerusa Barbosa

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participou nesta terça-feira (28) em Curitiba de reunião com ministros de Meio Ambiente dos países amazônicos. Promovido pela Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), o encontro, realizado no marco da Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP-8), teve por objetivo discutir uma agenda regional para o setor ambiental da Amazônia Continental. Além do Brasil, participaram Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Suriname e Países Membros da OTCA.

No encontro, os ministros reafirmaram a vontade política de seus governos de desenvolver esforços para construir uma agenda socioambiental amazônica, considerando o desenvolvimento sustentável. A iniciativa visa melhores condições de vida para seus habitantes, oportunidades econômicas para os países com base em sua conservação, no aproveitamento sustentável de sua biodiversidade para o fortalecimento dos processos de integração regional.

Marina Silva reforçou, que a exemplo do Brasil, as questões ambientais dos países amazônicos fossem tratadas de forma integrada e transversal, envolvendo os diferentes setores do governo. Conforme a ministra, o tema meio ambiente deve estar presente no planejamento das ações governamentais. Será uma grande contribuição para o fortalecimento das agendas públicas dos países amazônicos, completou.

Durante a reunião, Marina Silva falou sobre a preservação da biodiversidade dos países amazônicos, considerando o potencial de desenvolvimento econômico e social. Para ela, é necessária uma política de desenvolvimento sustentável comum, que contemple a inclusão social.

"As ações devem proteger o conhecimento, o acesso a biodiversidade e promover o seu uso sustentável, envolvendo as comunidades locais, disse Marina Silva. Além disso, salientou, é preciso garantir existência de um sistema justo e eqüitativo de repartição de benefícios, respeitando a autonomia dos países em relação aos seus recursos genéticos e conhecimentos tradicionais associados.

A secretária-geral da OTCA, Rosalía Artega, ressaltou a importância de se tratar o bioma Amazônia em conjunto com ministros de Meio Ambiente. A Amazônia tem a maior diversidade do mundo, 20% de água doce do planeta e é grande reguladora do clima mundial, destacou.



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