Gerusa Barbosa
O diretor de Áreas Protegidas do Ministério do Meio Ambiente, Maurício Mercadante, apresentou neste sábado (25) as ações do governo para proteger a biodiversidade brasileira. O tema Áreas Protegidas foi discutido no evento Dia Brasil, que ocorre paralelo à 8ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP-8), em Curitiba. O diretor informou que nos últimos três anos o governo criou 15 milhões de hectares de novas Unidades de Conservação. Segundo ele, a maior parte dessas áreas está situada na Amazônia, na fronteira de expansão agrícola e pecuária onde ocorre desmatamento.
Mercadante considerou a criação de unidades de conservação na região de influência da BR-163 (Cuiabá-Santarém) fundamental para inibir o desmatamento. Para ele, "a abertura de vias é um vetor para o desmatamento". Ele informou ainda que o MMA estuda a criação de áreas protegidas também na região de influência da BR-139 (Manaus-Porto Velho) e no norte do Mato Grosso.
O Plano Nacional de Áreas Protegidas (PNAP), documento aprovado pelo Conama este mês, foi também destacado na palestra do diretor do MMA. Segundo ele, "o documento inclui objetivos gerais e específicos e as estratégias para implantação do Plano, tratando da dimensão política" A proposta também define estratégias para integrar, em fases subseqüentes, as demais áreas protegidas, como terras indígenas e quilombolas.
Mercadante falou sobre a Unidade de Conservação da Reserva Biológica das Perobas, no noroeste do Paraná, criada recentemente pelo governo federal. A área, com 8.176 hectares, corresponde ao último fragmento ainda desprotegido de Floresta Estacional Semidecidual, um dos tipos de formação florestal da Mata Atlântica, no território paranaense.
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