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Feira de produtos sustentáveis mostra o trabalho de comunidades tradicionais

Publicado: Sexta, 24 Março 2006 21:00 Última modificação: Sexta, 24 Março 2006 21:00

Gisele Teixeira

 

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse neste sábado (25) que as comunidades tradicionais são as verdadeiras guardiãs dos recursos naturais do País e um exemplo concreto de como é possível produzir conhecimento e inclusão e econômica a partir da relação com o próprio território. "Quando apoiamos essas populações, estamos apoiando o trabalho que elas fazem de defesa do nosso território, da nossa soberania e da nossa biodiversidade", afirmou durante a inauguração da feira de produtos sustentáveis. A mostra ficará montada no ExpoTrade, em Curitiba, até o final da 8ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP-8), dia 31 de março.

 

A exposição reúne 50 expositores, que estão apresentando resultados concretos de projetos financiados pelo governo federal, em parceria com diversas instituições nacionais e internacionais. E é uma oportunidade de os delegados que participam da Convenção conhecerem produtos brasileiros que utilizam a biodiversidade de forma sustentável. Todas as regiões do País participam do evento, com produtos como sabonetes feitos de óleos essenciais, artesanato em geral, móveis rústicos, artefatos indígenas, bolsas e acessórios em látex, cestaria, palmito de açaí e pupunha, mel, polpa de frutas, geléias, condimentos e carnes silvestres, entre outros.

 

Durante a solenidade, Marina Silva, destacou em especial o Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais (PPG7), maior iniciativa de cooperação multilateral relacionado à temática ambiental no Brasil. "Essa feira mostra o mais ousado fruto do PPG7: ter transformado suas experiências pontuais em políticas públicas", disse.

 

Jorg Zimmerman, representante da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, informou que as comunidades tradicionais ocupam hoje um quarto do território nacional. "Mas, ainda assim, continuam invisíveis", lamentou. O quadro começa a mudar, segundo ele, como o apoio do MMA, que está criando a Comissão Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais para o Desenvolvimento Sustentável. A iniciativa nasce com o objetivo reconhecer a importância dessas comunidades e, como elas, constitutir políticas públicas que atendam às suas especificidades.

 

A Cooperativa Agroextrativista Grande Sertão, que reúne 900 agricultores no norte de Minas Gerais, é uma das iniciativas de sucesso apresentadas na feira. Os produtores já processam 100 toneladas de polpa de frutas por ano, além de mel, rapadura e óleos vegetais. O engenheiro de alimentos da Cooperativa, João Ávila, conta que eles estão partindo para a segunda unidade de produção, em fase final de construção no município de Porteirinha. A primeira fica em Montes Claros. "É um projeto importante de inclusão social e econômica na região", ressaltou. O projeto conta com o apoio da Coordenação de Agroextrativismo do Ministério do Meio Ambiente o da Companhia Nacional de Abastecimento.

 

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