Marluza Mattos
Espécies ameaçadas, como a anta, a jaguatirica, o puma, a peroba, o xaxim e a canela, terão agora um refúgio garantido. Foi publicado nesta terça-feira (21), no Diário Oficial da União, um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cria a Unidade de Conservação da Reserva Biológica das Perobas, no noroeste do Paraná.
A nova unidade tem 8.176 hectares. Essa área corresponde ao último fragmento ainda desprotegido de Floresta Estacional Semidecidual, um dos tipos de formação florestal da Mata Atlântica, no território paranaense. O coordenador da força-tarefa Araucária do Ministério do Meio Ambiente, Maurício Savi, explica que a medida é muito importante, já que a Reserva Biológica das Perobas está cercada de atividade agrícola e já foi bastante degradada.
O decreto foi assinado no fim da tarde de segunda-feira (20), depois da suspensão da liminar que impedia a criação da unidade de conservação (UC). Desde o início do ano passado, o assunto era alvo de disputas judiciais. A nova UC compreende parte do território dos municípios de Tuneiras do Oeste e Cianorte, na bacia do Rio Ivaí. É considerada uma área de transição entre a Floresta Estacional Semidecidual e a floresta Ombrófila Mista (Araucárias), onde há predomínio de peroba. A maior parte dela está em terra pública. A região ocupada por proprietários rurais será desapropriada e, por isso, eles deverão ser indenizados.
Unidade de conservação é um tipo de área protegida. O governo ainda estuda a possibilidade de crier outras quarto UCs no Paraná: dois refúgios de vida silvestre, um parque nacional e mais uma reserva biológica. No último dia 15, em Brasília, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, esteve reunida com representantes da bancada paranaense no Congresso para discutir esse assunto. Esse é o resultado de um esforço do governo que teve início em 2002, quando foram definidas as areas prioritárias para a criação de UCs no estado.
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