Marluza Mattos
Na presidência da 8ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP8), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, terá como desafio principal a busca de ações práticas que permitam aos países alcançar a meta de redução na perda da biodiversidade até 2010. E ela deverá defender a necessidade de integrar as políticas de meio ambiente com outros setores.
Para isso, Marina Silva poderá utilizar a experiência brasileira na transversalidade. Exemplos como o do Plano Nacional de Combate ao Desmatamento, em que 13 ministérios se reuniram para propor medidas comuns com o objetivo de conter o desflorestamento, serão apresentados aos outros países. O Plano deu resultados: somente em 2005 foi possível reduzir cerca de 30% da taxa de desmatamento da Amazônia.
A relação da biodiversidade com outros setores será o tema principal do Encontro de Ministros, previsto para ocorrer entre 26 e 29 de março, em Curitiba, como evento associado à COP-8. Foram convidados ministros de vários países. O evento vai abordar a integração da biodiversidade com a agricultura, com o comércio e com o desenvolvimento e combate à fome. Ainda está na pauta o debate sobre o acesso aos recursos genéticos e como os benefícios gerados por eles podem ser distribuidos entre as comunidades que detém o conhecimento tradicional associado.
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