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Brasil quer liderar implementação da CDB de forma fraterna

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse hoje que as políticas públicas implementadas pelo governo nos últimos três anos vêm freando a perda da biodiversidade na floresta amazônica. A declaração foi feita durante reunião do Conama, em Curitiba.
Publicado: Quarta, 15 Março 2006 21:00 Última modificação: Quarta, 15 Março 2006 21:00

Gerusa Barbosa

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta quinta-feira (16), em Curitiba, que o Brasil quer liderar de forma fraterna e solidária o processo de implementação das diretrizes gerais de Convenção de Biodiversidade. "Quer liderar pelo exemplo, combatendo a perda da biodiversidade em biomas importantes, como Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, floresta Amazônica, tão ameaçados e que precisam de respostas imediatas", destacou.

Marina abriu a 47ª reunião extraordinária do Conama, que discutirá a proposta de resolução criando a compensação ambiental na cobrança e aplicação dos recursos pagos por empresas responsáveis por obras de impacto ambiental significativo. Õ Conama também votará a recomendação para que o governo federal crie por decreto o Plano Nacional de Áreas Protegidas. O Plano permitirá a consolidação de um sistema ampliado de áreas protegidas, tanto terrestres como marinhas. A reunião do Conama segue até esta sexta-feira.

Em seu discurso, a ministra destacou que as políticas públicas implementadas pelo governo nos últimos três anos vêm freando a perda da biodiversidade na floresta Amazônica, um dos mais importantes biomas do Planeta. "O processo vinha em alta velocidade e trazia inúmeros prejuízos na desconstituição da cobertura vegetal e da prestação dos serviços ambientais que eles oferecem para o equilíbrio do planeta", ressaltou.

De acordo com Marina Silva, constitui um dos grandes desafios para o Brasil a proposta de liderar o processo de implementação da Convenção da Diversidade Biológica. Segundo ela, o evento tratará de questões importantes, como o artigo 8j, que trata dos conhecimentos tradicionais associados e da justa partilha de benefícios pelo uso desses conhecimentos.

"É um grande desafio criar um círculo virtuoso de gerar o uso sustentável, que gera benefícios e protege o uso sustentável da biodiversidade", destacou a ministra. Ela citou estudo realizado por cerca de 1 mil 300 pesquisadores de todo mundo, em que aponta a perda da biodiversidade nos últimos 50 anos como a perda da época da extinção dos dinossauros. "Para os países em desenvolvimento é fundamental frear esse processo, por que as populações pobres são as que mais dependem da biodiversidade e as que mais sofrem as conseqüências", ressaltou.

A ministra também destacou a decisão do Brasil de defender a identificação dos carregamentos de exportação que contêm organismos vivos modificados (OVMs) na 3ª Reunião das Partes do Protocolo de Cartagena (MOP3)."O Brasil tomou uma importante decisão, de forma madura, para o avanço do Protocolo. Se os demais países signatários compreenderem como compreende o Brasil, a implementação inicia-se a partir de Curitiba", concluiu. (Matéria para rádio em www.mma.gov.br)



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