Marluza Mattos
O Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) vai promover dois encontros para orientar os interessados em elaborar projetos para participar da seleção do edital 01/2006, que tem o objetivo de estimular o desenvolvimento sustentável e contribuir com a redução do desmatamento na Amazônia. O prazo de entrega dos projetos, que devem estar voltados para o manejo florestal sustentável de uso múltiplo, os sistemas agroflorestais e a silvicultura, foi prorrogado para odia 28 de abril.
O primeiro encontro do FNMA ocorrerá nos dias 13 e 14 de março, nas seguintes cidades: Alta Floresta (MT), Boa Vista (RR), Imperatriz (MA), Rio Branco (AC) e Belém (PA). Nos dias 16 e 17 de março, evento semelhante ocorrerá em Manaus (AM), Altamira (PA), Palmas (TO), Porto Velho (RO), Macapá (AP).
Os encontros foram criados para auxiliar os representantes de prefeituras, governos estaduais, universidades, entidades de pesquisa científica e ongs da região a montarem seus projetos, levando em conta aspectos financeiros, técnicos e institucionais. Até a última sexta-feira (3) 207 pessoas já tinham se inscrito para participar dos eventos. E as inscrições ainda estão abertas e podem ser feitas pelo site (www.mma.gov.br/fnma no link editais) ou por meio do envio de formulário, encontrado na internet e nas gerências executivas do Ibama nos estados, por fax para (61) 4009 9140.
Esse edital permitirá a contratação de 40 convênios. A idéia é capacitar 500 agentes multiplicadores de ações que incorporem atividades florestais no planejamento da propriedade. Para tanto, o FNMA prevê R$ 4 milhões. O edital também estabelece o investimento de R$ 12 milhões para projetos que ofereçam assistência técnica em atividades florestais a agricultores familiares. Com isso, pretende-se atender pelo menos 3 mil agricultores.
Parte importante do Programa Nacional de Florestas, o edital é fruto de uma parceria entre o FNMA, o Ministério do Meio Ambiente, o Ibama e o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Essa mesma parceria já lançou editais, como o da Amazônia, para beneficiar os pequenos agricultores da Mata Atlântica, da Caatinga e do Cerrado. O governo considera que esses editais tiveram influência direta no aumento da área de reflorestamento em 2005, 553 mil hectares, cerca de 60% a mais do que foi registrado entre janeiro e dezembro de 2002.
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