As autoridades terão um desafio extra na edição deste ano: encontrar um caminho político para combater urgentemente a perda acelerada de biodiversidade, sob pena de o mundo não atingir os Objetivos de Desenvolvimentos do Milênio propostos pelas Nações Unidas (ODM) para 2015. De acordo com a Avaliação Ecossistêmica do Milênio, um diagnóstico feito por 1.350 cientistas de 95 países e divulgado em março de 2005, 60% dos ecossistemas estão degradados e, se nada for feito, haverá um colapso futuro na capacidade do planeta de fornecer bens e serviços naturais aos seres humanos.
"Este cenário exigirá uma mobilização global extra, envolvendo compromissos adicionais de governos e da sociedade civil", ressalta Braúlio Ferreira de Souza Dias, do MMA.
O Segmento Ministerial é organizado e presidido pelo governo anfitrião, que também escolhe as questões a serem discutidas. Na COP-8, a abertura da reunião será no dia 26 de março, à noite, com a presença do presidente
Luis Inácio Lula da Silva. As discussões seguirão até o dia 29, com a condução da ministra Marina Silva.
A agenda de trabalhos começa no dia 27, quando será apresentado um diagnóstico sobre o panorama atual da biodiversidade. Nesta data também serão realizados dois painéis paralelos: Biodiversidade, Alimentação e Agricultura e Biodiversidade, Estratégias de Desenvolvimento e Erradicação da Pobreza. No dia 28 as discussões irão girar em torno dos temas Biodiversidade e Negócios, e Acesso e Repartição de Recursos Genéticos. O dia 29 está reservado para discussões finais e deliberações.
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