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Seminário sobre conservação e manejo de fauna do São Francisco será em Recife

Publicado: Domingo, 04 Dezembro 2005 22:00 Última modificação: Domingo, 04 Dezembro 2005 22:00
Gisele Teixeira

O 1º Seminário sobre Conservação e Manejo de Fauna Silvestre na Bacia Hidrográfica do São Francisco (BHSF) começa nesta terça-feira (06), no Recife. O objetivo do evento é reunir informações técnicas sobre o tema e traçar diretrizes e prioridades de ação para a conservação da fauna da região. O evento, organizado pela Diretoria de Fauna e Recursos Pesqueiros do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), é financiado pelo Ministério do Meio Ambiente, com recursos do Programa de Revitalização da Bacia do São Francisco.

Os pesquisadores irão apresentar um panorama das informações disponíveis sobre a fauna silvestre da região e detalhar as pesquisas que compõem o projeto Ecologia, Conservação e Manejo da Fauna Silvestre na Bacia do Rio São Francisco, executado por centros especializados do Ibama, em parceria com outras instituições de pesquisa. A iniciativa foi aprovada pelo Programa de Revitalização e terá R$ 1,2 milhão em recursos até o final do próximo ano. O projeto está dividido em pesquisas específicas para estudo de répteis, anfíbios, aves, mamíferos e primatas.

Também serão definidas as diretrizes e protocolos metodológicos que guiarão os trabalhos sobre assunto nos próximos dois anos. A idéia é possuir, em 2007, um plano de ação para o manejo e conservação da fauna da Bacia do São Francisco. O encontro segue até o dia 08 de dezembro, no Auditório da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf).

Subprojetos - Quatro pesquisas fazem parte do projeto Ecologia, Conservação e Manejo da Fauna Silvestre na Bacia do Rio São Francisco. Uma delas monitora o status de conservação de répteis e anfíbios na região e irá propor alternativas de proteção e manejo das espécies ameaçadas e também para aquelas com potencial de uso sustentável. De acordo com o Centro de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Ibama e Associação Brasileira para Conservação das Tartarugas, que conduzem os trabalhos, essa área possui pelo menos 52 espécies de serpentes, 04 de quelônios, 01 de crocodiliano, 48 de anfíbios e 47 de lagartos. Um dos objetivos específicos do levantamento é gerar informações sobre o Caiman latirostris, jacaré-do-papo-amarelo, animal muito comum nos anos 50, mas hoje ameaçado de extinção em algumas localidades.

O Centro de Proteção de Primatas Brasileiros é o responsável pelo inventário de espécies existentes na região, bem como um diagnóstico dos grupos ameaçados. Os remanescentes florestais localizados na bacia do rio São Francisco abrigam pelo menos quatro espécies de primatas ameaçadas de extinção - Callicebus personatus, Callicebus coimbrai, Callicebus barbarabrownae e Cebus xanthosternos. Os três últimos estão, inclusive, entre os 10 primatas brasileiros considerados criticamente em perigo.

Um terceiro projeto estuda a composição, abundância e a sazonalidade das aves terrestres e aquáticas, residentes e migratórias, que ocorrem no lago da usina hidrelétrica de Sobradinho, uma área de 4.214 km2, resultado da barragem da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf). De acordo com a Associação Brasileira para Conservação das Aves (Proaves), responsável pela pesquisa, aves são indicadores de qualidade ambiental e instrumentos importantes para avaliar os efeitos de quaisquer alterações ambientais causadas por empreendimentos. O resultado do trabalho pode ajudar na conservação das espécies e de seus habitats na área de influência do lago.

Uma quarta investigação, desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisas para a Conservação de Predadores Naturais (Cenap), começou a estudar os mamíferos da região, com ênfase nas populações de carnívoros.


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