Aida Feitosa
A ministra do Meio Ambiente Marina Silva recebeu, hoje, um grupo de reassentados após a criação o Parque Nacional Serra do Divisor, no Acre. O objetivo é obter melhores condições para as 500 famílias que ainda vivem na área e ao mesmo tempo garantir a preservação do parque.
Acompanhando as famílias, o senador Tião Viana (PT-AC) e o representante da ong SOS Amazônia Miguel Scarcello reforçaram que os problemas da assistência às famílias e da preservação do parque estão interligados, pois a pressão no entorno, inclusive do Peru, está destruindo recursos na área. O parque nacional foi criado em 1989 e tem 605 mil hectares.
A ministra disse que, ao assumir o cargo, assumiu o compromisso de, juntamente com o Ibama, realocar as famílias. "É positivo que algumas famílias queiram ir para um lugar digno e decente, onde possam ter títulos e deixar a para os netos", disse.
Marina Silva também ressaltou que a criação de unidades de conservação é um importante instrumento de combate ao desmatamento. Segundo ela, se está reduzindo o desmatamento em 40% graças a criação, desde 2003, de 9,2 milhões de hectares de unidades de conservação e 8,3 milhões de hectares interditados na área de abrangência da BR-163. "Não podemos lembrar do desmatamento ou das queimadas apenas quando elas ocorrem", disse.
A maior parte da área do parque da Serra da Divisor é coberta de floresta amazônica aberta, com grande incidência de palmeiras, cipós e bambus. Delimitada pelos rios Acre e Javari e banhado pelo Rio Juruá, o parque é constituído por quatro blocos de relevos distintos, denominados Serra da Jaquirana, Serra do Moa, Serra do Juruá-Mirim e Serra do Rio Branco.
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