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Novas práticas produtivas são propostas para a conservação da biodiversidade

Marina Silva participa do encerramento do encontro Empresas e o Desafio da Biodiversidade de 2010, que reuniu empresários nacionais e internacionais, durante três dias, em São Paulo.
Publicado: Sexta, 04 Novembro 2005 22:00 Última modificação: Sexta, 04 Novembro 2005 22:00

Aida Feitosa

A ministra do Meio Ambiente Marina Silva afirmou no encerramento da reunião "Empresas e o Desafio da Biodiversidade de 2010", hoje, em São Paulo, que é preciso pensar uma nova forma de consumo, em que produtores e consumidores alimentem a proteção dos nossos recursos naturais. Na ocasião, foram apresentados os resultados do encontro que reuniu empresários nacionais e internacionais para buscar formas de intensificar o comprometimento do setor empresarial com o tema. Dentre outras decisões, os empresários determinaram algumas recomendações para o setor como: inserção da atitude de boas práticas nas pequenas, médias e grandes empresas; incentivo para certificações e rotulagem que contribuam para a conservação da biodiversidade; criação de mecanismos de controle e de confiança para o acesso e repartição de benefícios oriundos dos recursos genéticos; além da valorização do setor financeiro das ações das empresas envolvidas na preservação da biodiversidade. O evento é uma iniciativa preparatória para a 8ª Conferência das Partes (COP-8) da Convenção sobre Diversidade (CDB) que acontece em março do próximo ano, em Curitiba, com a presença de representantes de quase 200 países. Membro da CDB, David Cooper lembrou que o Secretário da Convenção, Hamdallah Zedan, esteve em Curitiba em setembro último e ficou impressionado com a qualidade das instalações que estão sendo preparadas. O Secretário de Biodiversidade e Florestas, João Paulo Capobianco, destacou o esforço do governo na construção de uma agenda que atraia o setor privado na implementação das decisões da COP-8. "Estamos pensado em alternativas que gerem emprego e renda de forma sustentável e rentável, em alternativa às práticas degradatórias", disse. A presença do setor privado na próxima COP também foi incentivada pelo presidente Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Fernando Almeida. "Sem isso não há solução. O setor financeiro também está interessado e tudo indica que a participação da iniciativa privada vai crescer nas próximas COPs." Os objetivos principais da COP - conservação da biodiversidade; seu uso sustentável; e a repartição justa e eqüitativa dos benefícios resultantes do acesso aos recursos genéticos, convergem com o trabalho do Ministério do Meio Ambiente que busca o apoio de todos os setores para a sua implementação. "Nenhum esforço isolado terá sucesso. Temos que unir os diversos segmentos da sociedade para discutir e implementar os acordos assinados. Uma nova visão civilizatória é o nosso desafio", ratificou a ministra Marina Silva.

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