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Ministra pede urgência na aprovação do PL de Florestas

Ministra Marina afirmou hoje (05/11) em São Paulo, durante seminário da Feira Mercado Floresta, que a aprovação do Projeto de Lei de Gestão de Florestas é fundamental para criar regras de manejo para florestas públicas.
Publicado: Sexta, 04 Novembro 2005 22:00 Última modificação: Sexta, 04 Novembro 2005 22:00

Gisele Teixeira

 

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, informou que a próxima semana será pautada por intensas negociações no Congresso Nacional para aprovação do Projeto de Lei de Gestão de Florestas, que cria regras e manejo para gestão de florestas públicas. A matéria tramita há nove meses, já foi aprovada pela Câmara dos Deputados e agora depende de apreciação pelo plenário do Senado. "Vamos negociar com os parlamentares e recuperar a urgência constitucional para votação da matéria ainda este mês", disse. A declaração foi feita durante seminário realizado no Mercado Floresta, primeira feira de negócios florestais, em São Paulo.

 

Segundo a ministra, a aprovação do PL é fundamental para criar regras de manejo para florestas públicas e, com isso aumentar a produção sustentável nestes locais. "Sem a opção de trabalhar de forma sustentável, a pressão pesará novamente sobre a floresta", ressaltou Marina. A ministra lembrou que o Brasil tem a segunda maior área florestal do mundo, com 470 milhões de hectares, mas que os desafios de gestão são da mesma proporção, principalmente para promover o uso sustentável das florestas.

 "O Mercado Floresta, no entanto, nos mostra que isso é possível", disse Marina Silva. Ela participou da abertura do evento, acompanhada do secretário de Biodiversidade e Florestas, João Paulo Capobianco, e do diretor de Florestas, Tasso de Azevedo. Segundo a ministra, as cadeias produtivas relacionadas com as florestas possuem um potencial enorme e já respondem por pelo menos 4% do Produto Interno Bruto (PIB), 2 milhões de empregos e mais de 7% das exportações.

 A feira reúne cerca de 200 expositores de produtos florestais de origem sustentável dos quatro principais biomas Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica. Roberto Smeraldi, diretor geral da Ong Amigos da Terra e coordenador geral do Mercado Floresta, destacou que a feira é uma oportunidade sem precedentes para que a contabilidade do lucro florestal vire manchete. "Parece incrível, mas o país das florestas não tinha até hoje uma feira da economia florestal. Agora, tem".

Os produtores são de diversos segmentos e portes, de aldeias indígenas até grandes companhias, como a Natura Cosméticos, todos com a proposta de promover nova forma de produção e consumo, mais conscientes. "Hoje, a gente precisa levar em conta o valor ético dos produtos", defendeu a ministra, "para que se possa criar uma economia que sustente e provoque a vida". A Mercado Floresta segue até o próximo dia 8, na Oca do Ibirapuera.

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