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Governo prepara plano de manejo do Parque Cabo Orange

Expedição do Ibama, universidades, ongs e institutos de pesquisa percorrerá o Parque Nacional Cabo Orange (AP) para levantar dados biológicos e arqueológicos e encaminhar a elaboração do plano de manejo da área protegida
Publicado: Domingo, 11 Setembro 2005 21:00 Última modificação: Domingo, 11 Setembro 2005 21:00

Uma equipe composta por técnicos do Ibama, universidades e institutos de pesquisa do Amapá e do Pará percorrerá o Parque Nacional Cabo Orange, no Amapá, para levantar dados biológicos e arqueológicos e encaminhar a elaboração do plano de manejo da área protegida. A expedição começou na última sexta-feira (9) e segue até o dia 25 deste mês. O trabalho é apoiado pelo Arpa (Programa Áreas Protegidas da Amazô-nia) e WWF-Brasil.

O plano de manejo é um do-cumento que determina o adequado uso e funcionamento do parque. Criado há 25 anos, o Cabo Orange se beneficia hoje das ações do Arpa, que, além de criar novos parques e reservas na Amazônia, está investindo na consolidação de áres protegidas
já criadas.

Para o chefe do parque, Marcos Cunha, a expedição vai gerar informações de grande importância. "A expedição permite um maior conhecimento técnico e científico sobre o parque, o que vai contribuir para o plano de manejo. O trabalho também mostrará às comunidades do entorno e das regiões vizinhas que o governo está cumprindo o seu papel de consolidar as áreas protegidas, além de dar uma maior visibilidade ao parque", disse.

Essa é a segunda de uma série de três expedições planejadas pela equipe do Ibama que administra o parque. A primeira ocorreu em abril passado e a última está prevista para o início de 2006.

Localizado no extremo norte do Brasil, na costa do estado do Amapá, o Ca-bo Orange é um dos primeiros parques criados na Amazônia. Seus 619 mil hectares protegem grande variedade de paisagens, moldadas pelo contato dos ecossistemas amazônicos com as águas do Oceano Atlântico. São mangues, campos inundáveis, campos limpos e várzeas. Também abriga sítios arqueológicos pouco explorados por pesquisadores.

Participam pesquisadores das áreas de geologia, botânica, ictiologia (estudo de peixes) e mamíferos do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa). A expedição pretende avaliar o potencial de visitação de três áreas: o Lago do Tralhoto, descrita pelos pesquisadores como uma área que concilia importância biológica e beleza natural, os ninhais do Igarapé do Marrecal e as praias do sul do parque.

Arpa - O Programa Áreas Protegidas da Amazônia é uma iniciativa do governo federal, coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente e executada pelo Ibama e pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).

A meta do programa é, até 2012, estruturar uma rede de parques e reservas que proteja ao menos 50 milhões de hectares na Amazônia, uma área equivalente ao território da Espanha. Além de criar novas áreas protegidas, o programa está financiando a implantação de unidades de conservação criadas no passado, mas que não receberam investimentos para funcionar adequadamente, caso do Parque Nacional do Cabo Orange.

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