Gerusa Barbosa
O Ministério do Meio Ambiente promove nesta quarta-feira, no Centro de Treinamento do Ibama, em Brasília, reunião para discutir a recuperação ambiental do Rio Taquari, no Pantanal de Mato Grosso. Durante dois dias, o grupo composto por Ibama, ANA e Secretaria de Recursos Hídricos do MMA, sob coordenação do Programa Pantanal, se reunirá com representantes de várias instituições de pesquisa e representantes dos governos do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul para aprofundar os conhecimentos sobre os problemas causados pelo assoreamento do rio.
No encontro, será apresentado um estudo realizado pela Embrapa/Pantanal sobre a Bacia do Taquari. A idéia é discutir propostas para criação de unidades de conservação, gestão da bacia, pesquisas e elaboração de um programa de conservação de solo e água na parte alta da bacia.
Com 787 quilômetros de extensão, o Rio Taquari é um dos principais afluentes do Pantanal. Desde a década de 70, vem sofrendo agressões que resultaram em um verdadeiro desastre ecológico. A região era caracterizada por "pulsos de inundação", que alagavam a área entre os meses de outubro e maio, como todo o ecossistema pantaneiro que apresenta características de inundação pluvial. Ao longo desses trinta anos, os pulsos deixaram de existir, obrigando pantaneiros e inúmeros animais silvestres que habitavam a área a abandonar a região. Atualmente, uma área de 11 mil quilômetros quadrados encontra-se submersa.
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