Gerusa Barbosa
Representantes do Programa de Desenvolvimento Socioambiental da Produção Familiar Rural (Proambiente), do Ministério do Meio Ambiente, participam esta semana, no Maranhão, de reunião técnica com a equipe do pólo da Baixada Maranhense. O objetivo é elaborar proposta para adaptar a metodologia dos planos de utilização das unidades de produção em áreas de uso coletivo do pólo do programa, que está em fase de implantação. O Proambiente visa à construção de alternativas de produção que conservem o meio ambiente e melhorem as condições de renda e a qualidade de vida das famílias rurais.
Durante as atividades, a equipe técnica visitará as áreas de uso coletivo em agricultura familiar nos municípios de Viana e Penalva. A base de produção da região é caracterizada por pequenos agricultores e agroextrativismo, principalmente pela cultura do babaçu, atividade desempenhada por mulheres, conhecidas como quebradeiras de coco babaçu. Participam da reunião, técnicos do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Grupo de Pesquisa em Sistemas Agroflorestais do Acre (Pesacre), do Planeja/Coospate e do Grupo de Trabalho Amazônico do Maranhão.
O Proambiente conta com 10 pólos de agricultores em implantação na Amazônia Legal e está em processo de definição de um pólo indígena e outro de pescadores na Ilha de Marajó, no Pará. Os participantes do programa desenvolvem atividades nas área de agricultura familiar, extrativismo, agropecuária, plantio de milho, feijão, arroz, pecuária de corte, de leite, extrativismo vegetal e animal, pesqueiro, entre outros. Também está em fase de implantação o sistema agroflorestal para compatibilizar a prática da agricultura com espécies da floresta.
O Proambiente é uma iniciativa inovadora, idealizada pela sociedade civil e transformada em política pública a partir 2003. Executado pela Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do MMA, o programa incentiva o uso sustentável dos recursos naturais, priorizando o emprego de sistemas produtivos que reduzam os impactos ambientais, como a eliminação de queimadas e o uso intensivo de agrotóxicos nos cultivos e a adoção de sistemas agroflorestais em áreas já desmatadas.
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