Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > InforMMA > Meio Ambiente e Educação lançam segunda conferência nacional
Início do conteúdo da página

Notícias

Meio Ambiente e Educação lançam segunda conferência nacional

Publicado: Sábado, 04 Junho 2005 21:00 Última modificação: Sábado, 04 Junho 2005 21:00

Aldem Bourscheit

Brasília (DF) - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse hoje que 32 ações são desenvolvidas em conjunto com outros ministérios, em cumprimento às deliberações da 1ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, realizada em novembro de 2003. "O Ministério do Meio Ambiente tem a possibilidade de colocar a variável ambiental nas ações de outros setores de governo, algo jamais pensado até pouco tempo", disse.

Entre essas ações, a ministra destacou a construção de novos modelos para o setor elétrico e para a reforma agrária, e o desenvolvimento uma nova dinâmica para a implementação de obras de infra-estrutura no País, especialmente na Amazônia. "Meio ambiente deve ser uma política dos governos federal, estaduais e municipais". Marina Silva participou do lançamento da 2ª Conferência Nacional do Meio Ambiente e da 2ª Conferência Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente. O evento aconteceu no Parque da Cidade, em Brasília, durante as atividades do Dia Mundial do Meio Ambiente.

Em 2003, A 1ª Conferência Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente mobilizou 6 milhões de estudantes de 5ª a 8ª série de 16 mil escolas de todo o País. Este ano, a meta dos ministérios do Meio Ambiente e da Educação é dobrar a participação na segunda edição da conferência. As conferências adulta e infanto-juvenl acontecerão entre 5 e 9 de dezembro (veja agenda abaixo). Todas as 57 mil escolas brasileiras com alunos entre a 5ª e a 8ªséries receberão material do MMA e do MEC para que possam participar volutariamente do evento.

Os principais temas que serão debatidos no evento para os estudantes serão mudanças climáticas, biodiversidade questões étnicas e segurança alimentar. "Outra novidade da Conferência Infanto-Juvenil é que também deverão participar professores, dirigentes das escolas e pais de alunos", disse o secretário-executivo do MEC, Fernando Haddad.

Para a coordenadora de Políticas Públicas do Instituto Socioambiental e delegada da 1ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, Adriana Ramos, o investimento feito pelo governo na conferência inafanto-juvenil é fundamental para "semear"a preocupação com as questões ambientais naqueles que tomarão as decisões sobre o futuro do País. "No futuro, não precisaremos travar batalhas diárias para tomar decisões porque eles já estarão convencidos", disse.

Ainda conforme a ambientalista, o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado hoje, ganha em importância porque nessa semana o Ministério do Meio Ambiente mostrou coragem para agir e superar um dos maiores males do País, a corrupção. "Trabalhar isso dentro da própria instituição é fundamental, e que isso sirva de exemplo para todo o País".

Sobre a Operação Curupira, Marina Silva afirmou que a ação só foi possível porque Ministério do Meio Ambiente e Ibama tiveram a determinação de "cortar a própria carne". Conforme a ministra, o sistema criminosos que atuava há mais de 14 anos no Mato Grosso teve sua "cabeça cortada". "Estaremos dispostos a cortar quantas cabeças forem necessárias", ressaltou.

A Operação Curupira, cujo nome lembra o lendário defensor das matas de pés virados para trás, integra o programa de combate ao desmatamento na Amazônia, e foi desenvolida desde setembro de 2003 pelo Ibama, Polícia Federal, Ministério Público Federal e Ministério do Meio Ambiente. "Se não tivermos bons exemplos para a nossa juventude, eles não terão onde se espelhar. Não podemos dizer aos nossos jovens que não vale a pena apostar no que é certo", disse Marina Silva.

Conforme a ministra, foi muito difícil anunciar os números de desmatamento na Amazônia, 26.130 quilômetros quadrados entre 2003-2004, e não poder informar sobre as ações que o governo federal estava desenvolvendo para combate à corrupção e ao desmatamento. "Era preciso ficar calado. Não queríamos frases de efeito, mas sim uma ação de efeito", disse. Segundo Marina Silva, as investigações são conduzidas não como uma ação de governo, mas como uma ação de País, pensando nas futuras gerações. "Não há qualquer possibilidade de diminuição do processo que está em curso de combate à corrupção, onde quer que ela esteja", ressaltou.

Também participaram do lançamento das conferências representantes da Petrobras, da Presidência da República, do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais e parlamentares. O evento contou com apresentações do Grupo Bate-Lata, de Hique Gomez e de Paulinho Moska.

Agenda

Conferências nas Escolas - até 29 de setembro
Conferências Estaduais - até 15 de novembro
Conferência Nacional - de 5 a 9 de dezembro

Fim do conteúdo da página