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Simpósio avaliará presença de espécies invasoras no País

Publicado: Terça, 24 Maio 2005 21:00 Última modificação: Terça, 24 Maio 2005 21:00

Aldem Bourscheit

 Brasília (DF) - Começaram esta semana e seguem até 15 de julho as inscrições para o 1º Simpósio Brasileiro sobre Espécies Exóticas Invasoras, que acontecerá entre 4 e 7 de outubro no auditório Parlamundi, em Brasília (DF). O evento é promovido pelo Ministério do Meio Ambiente e Ibama em parceria com Fundação Osvaldo Cruz, Embrapa, Instituto Hórus, Instituto de Oceanografia da USP e Universidade de Viçosa. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas por correio eletrônico, enviando a ficha encontrada em www.mma.gov.br/invasoras corretamente preenchida para o endereço Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. São oferecidas 400 vagas para profissionais e 100 para estudantes. A participação será confirmada até 15 de agosto. Em breve, o Ministério deverá abrir inscrições também por fax e correio.

O simpósio, de acordo com o diretor de Conservação da Biodiversidade do MMA, Paulo Kageyama, servirá para a elaboração de um "diagnóstico" sobre a presença de espécies invasoras no País, e também para que seja dado o primeiro passo para a elaboração de um programa nacional de controle desses organismos. Participarão do evento os maiores especialistas brasileiros e também do Exterior.

Espécies exóticas invasoras são consideradas a segunda maior causa de perda de biodiversidade em todo o planeta, logo após a degradação de habitats pela ação humana e à frente das mudanças climáticas. De árvores a microorganismos, as invasoras trazem prejuízos à economia, à diversidade biológica e até à saúde. No Brasil, problemas graves são causados por espécies como mexilhão dourado (foto), pinus, caramujo africano, mosca-do-Mediterrâneo e capim annoni. "O pinus já é um dos principais invasores de ecossitemas no mundo", disse Kageyama.

Entre as ações desenvolvidas pelo Ministério do Meio Ambiente para aumentar o conhecimento e combater as espécies invasoras, estão a identificação e a localização de espécies, avaliação de impactos ambientais e socioeconômicos, criação de mecanismos de controle, prevenção e erradicação, e um levantamento da legislação nacional específica. Além disso, está sendo organizada uma efetiva parceria entre os setores governamental, não-governamental, acadêmico-científico e iniciativa privada para o combate às espécies exóticas invasoras.

Por meio do ProBio (Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira), Ministério e entidades parceiras estão investindo R$ 3,7 milhões para estudar os impactos das espécies invasoras na agricultura, na pecuária, nos mares e na saúde. Os resultados da pesquisa serão divulgados até o fim do ano.

De acordo com o Secretariado da Convenção sobre Diversidade Biológica, desde o ano 1600 as espécies invasoras já contribuíram com cerca de 39% de todos os animais extintos. E ainda, mais de 120 mil espécies de plantas, animais e microrganismos já teriam invadido os Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Índia, África do Sul e Brasil. Levantamentos realizados nesses países mostram que as perdas econômicas chegam a US$ 250 bilhões por ano.

À medida que o homem foi colonizando novas regiões do planeta, também levou novas plantas e animais. Como conseqüência, a população de diversas espécies aumentou muito além do que ocorreria em suas regiões de origem. Atualmente, graças ao transporte aéreo, a dispersão de espécies ganhou muita velocidade e intensidade.

Com a globalização e o aumento do comércio internacional, espécies exóticas alcançam áreas onde não enfrentam predadores naturais, e acabam melhor aproveitando os recursos naturais do que as espécies nativas. Assim, multiplicam-se com grande velocidade, causando empobrecimento de solos e de ambientes e até a extinção de espécies nativas.

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