Gerusa Barbosa
Fortalecer institucionalmente o PDPI (Projetos Demonstrativos dos Povos Indígenas), para que se torne uma ação efetiva de política de governo, constitui um dos pontos de discussão da 7ª reunião extraordinária da comissão executiva do programa, que acontece até esta sexta-feira em Brasília. O PDPI tem por objetivo melhorar a qualidade de vida dos povos indígenas da Amazônia Legal brasileira. As ações do projeto são voltadas para atividades econômicas sustentáveis, valorização cultural e proteção territorial das populações indígenas, além do apoio à capacitação para gestão do movimento indígena. No encontro, que conta com a participação de representantes de organizações indígenas da Amazônia e da comissão executiva do PDPI, estão sendo apresentadas as experiências e o andamento dos projetos apoiados pelo Ministério do Meio Ambiente.
De acordo com o gerente técnico do PDPI, Escrawer Sonpré, entre outros objetivos, a reunião pretende consolidar a gestão ambiental em terras indígenas no ministério a partir das experiências do PDPI.. Sonpré informou que o projeto tem uma maneira diferente de trabalhar por ser demonstrativo. "O projeto tem condições de se tornar uma ação definitiva e pode influenciar as políticas públicas voltadas para as questões indígenas. Algumas áreas do governo estão usando o PDPI como exemplo", disse.
O secretário de Desenvolvimento Susentável, Gilney Viana, que abriu a reunião da comissão, informou que o Ministério do Meio Ambiente vem aumentando a parceria com os povos indígenas. A secretaria tem quatro programas que dialogam com os povos indígenas, de modos diferentes. "O PDPI já tem um empoderamento das organizações indígenas e uma importância estratégica".
O PDPI conta com o apoio de 13,3 milhões de euros da agência de cooperação alemã KfW. Até abril de 2004 foram recebidos 241 projetos, desses 60 já foram aprovados e em fase de execução, e 40 estão em análise. As comunidades beneficiadas abrangem dezenas de etnias em todos os estados da Amazônia brasileira, que desenvolvem projetos nas áreas de valorização cultural e da educação tradicional; atividades econômicas sustentáveis, além do apoio à capacitação para gestão do movimento indígena. Entre as comunidades estão os karipuna (AP), suriú (PA), kayabi (MT), ashaninka (AC), krahò (TO), apurinã (RO), canela (MA), macuxi (RR), mayoruna (AM). Mais informações em www.mma.gov.br/ppg7/pdpi
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