Aldem Bourscheit
A ministra Marina Silva recebeu hoje Carlos Aguiar, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Florestas Plantadas (Abraf), que reúne setores como papel e celulose, energia, painéis e produtos sólidos de madeira. Aguiar manifestou apoio ao Projeto de Lei sobre Gestão de Florestas Públicas (PL 4776/2005), encaminhado ao Congresso no último dia 17 de fevereiro em regime de urgência constitucional. "Só vejo essa forma para regulamentar o avanço sobre a Amazônia, gerando recursos e empregos", salientou.
De acordo com o também diretor-presidente da Aracruz Celulose, países como Rússia e Canadá são hoje grandes produtores mundiais de madeira porque se organizaram e passaram a conceder áreas de florestas públicas, em um regime semelhante ao proposto pelo Ministério do Meio Ambiente. Apesar da exploração florestal e do clima frio, que torna o crescimento das matas mais lento, a área verde tem crescido nesses países devido ao manejo sustentável. "Vou trabalhar junto a alguns deputados pela aprovação do PL e pela manutenção do setor de florestas plantadas junto ao MMA", disse o presidente da Abraf.
De acordo com o secretário de Biodiversidade e Florestas do MMA, João Paulo Capobianco, o PL de Florestas trará vantagens para o setor madeireiro, pois fará com que o Brasil assuma sua "vocação florestal". Além disso, explicou, não haverá qualquer interferência em áreas privadas. "O projeto só prevê a atuação do governo em florestas concedidas em terras públicas", disse.
Também participaram do encontro de hoje o secretário-executivo da Abraf, César Reis, e o gerente de projetos do Programa Nacional de Florestas do MMA, Nelson Barboza.
No dia 30, a Câmara dos deputados realizará um seminário para debater o PL 4776/2005. Participarão representantes dos governos federal e estaduais, de entidades civis e parlamentares.
Nota de esclarecimento - Projeto de Lei sobre Gestão de Florestas Públicas
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