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Governo Federal não será intimidado pela violência no Pará

Publicado: Domingo, 13 Fevereiro 2005 22:00 Última modificação: Domingo, 13 Fevereiro 2005 22:00

De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, as ações voltadas ao desenvolvimento sustentável do Norte do País, e especialmente para o estado do Pará, "são irreversíveis", e o governo federal não se intimidará com qualquer forma de violência na região. "Vamos usar todos os mecanismos legais para fazer justiça quanto a todo e qualquer caso de violência contra os direitos humanos, contra os direitos de pessoas que trabalham em benefício do País, assegurando nossas fronteiras, nossa língua e nossa cidadania em terras tão longínquas como essas", disse. Marina Silva reforçou essa posição ontem, durante entrevista no Ministério do Meio Ambiente, em Brasília, envolvendo o assassinato da irmã Dorothy Stang, ocorrido no último sábado (12) no município de Anapu (PA).

Devido ao crime contra a ativista, o governo brasileiro encaminhou uma série de ações. A Polícia Federal abriu inquérito e está atuando em conjunto com a Polícia Civil para apurar o crime. O procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, e o ouvidor agrário nacional, desembargador Gercino José da Silva Filho, se encaminharam ao Pará para auxiliar na solução da crise. E o Ministério Público Federal solicitará ao Superior Tribunal de Justiça para que o assassinato de Dorothy Stang seja considerado crime contra os direitos humanos. Além disso, o contingente do Ibama, da Polícia Federal e do Exército será imediatamente reforçado na região.

Serão realizadas hoje reuniões com a presença de vários ministros, entre eles José Dirceu, da Casa Civil, Márcio Thomaz Bastos, da Justiça, Marina Sil-va, do Meio Ambiente, Nilmário Miranda, secretário dos Direitos Humanos, e do governador do Pará, Simão Jatene, para debater a crise naquele estado.

O assassinato da missionária Dorothy Stang, 73 anos, aconteceu na manhã do último sábado, enquanto mais de mil pessoas estavam reunidas na comunidade de Carmelino, em Porto de Moz, para a implementa-ção da Reserva Extrativista Verde para Sempre. "Eles podem destruir uma rosa, duas, três, quatro, e a muito tempo eles estão destruindo, mas nunca irão reter a primavera. E a primavera está aqui, com todos os homens e mulheres de bem. Que o sangue dela regue Verde para Sempre e a esperança de cada um de nós que estamos lutando por justiça", disse Marina Silva.

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