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Marina defendeu turismo com trocas culturais e uso correto das riquezas naturais

Publicado: Sábado, 29 Janeiro 2005 22:00 Última modificação: Sábado, 29 Janeiro 2005 22:00

Porto Alegre (RS) - A ministra Marina Silva participou nesse domingo (30), no 5º Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, do lançamento de uma campanha contra o crime do turismo sexual de crianças, promovida por governos e organizações não-governamentais da Itália e do Brasil. A ministra defendeu que a atividade turística sirva para uma troca informações e de conhecimentos, com base em uma cultura de paz e de respeito e no aproveitamento correto das riquezas naturais do país. "Espero que as pessoas venham para cá trazendo o melhor do seu melhor, e não para praticar aqui o que não tem coragem de fazer em seus países", disse.

Marina Silva participou do lançamento da campanha a convite de entidades italianas da região da Toscana. O turismo sexual atrairia pelo menos 700 mil europeus a cada ano, que viriam para o Brasil inclusive com o apoio de agências especializadas. O ano de 2005 foi escolhido pelo governo brasileiro como de combate ao turismo sexual.

Durante seu discurso, Marina Silva fez um paralelo entre a degradação social e a destruição ambiental, salientando que ambas contribuem para "a destruição de uma civilização ou até mesmo da raça humana". Segundo ela, a perda de valores fundamentais, como a solidariedade,  o respeito à vida e à dignidade humana levam a uma "destruição muito rápida". Uma prova disso seriam os genocídios (tentativas de exterminar grupos étnicos) que aconteceram ao longo da história, frutos de uma cultura de guerra e de desrespeito. "O mais alto grau dessa visão, sem valores morais e éticos, acontece quando se perde o respeito pelas crianças".

De acordo com a ministra, a destruição da natureza, da cultura de populações tradicionais, inclusive causando migração de populações, acontece de forma progressiva, ao longo de milhares de anos. Para ela, felizmente a sociedade vem tomando consciência de que os recursos naturais são finitos e de que é preciso construir uma cultura de sustentabilidade econômica, social, ambiental, política e, principalmente, ética. "É preciso cuidar de nossa casa comum, do lar que nos abriga", disse.

Marina Silva lembrou que o Ministério do Meio Ambiente vem trabalhando em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social para o desenvolvimento de comunidades tradicionais. Uma reunião foi realizada na última sexta-feira (28). Além disso, programas semelhantes estão sendo contruídos para o Semi-Árido e para o Pantanal, e o Programa de Combate ao Desmatamento na Amazônia inclui iniciativas para fomentar a agricultura sustentável, como foco no estado do Mato Grosso.

Povos tradicionais - Na última sexta-feira (28), Marina Silva participou da primeira reunião para discutir a criação de uma Política Nacional  para Comunidades Tradicionais. A reunião foi promovida pela Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Ministério do Meio Ambiente e aconteceu durante o 5º Fórum Social Mundial, em Porto Alegre (RS). Também participaram organizações que representam populações tradicionais de todos os biomas brasileiros, como povos indígenas, seringueiros, quilombolas, quebradeiras de coco, ribeirinhos e extrativistas. De acordo com Gilney Viana, secretário de Desenvolvimento Sustentável, "uma proposta para a política deve ser concluída até o fim de março". Em dezembro do ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou decreto criando a Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável das Comunidades Tradicionais.

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