O Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental de São Paulo (Cetesb) assinaram convênio, no valor de R$ 564 mil, para a instalação de um laboratório para análise de dioxinas e furanos. Os dois compostos são cancerígenos e altamente tóxicos e persistentes no meio ambiente. O laboratório será o primeiro do tipo no setor público do Brasil e dará suporte para ações de monitoramento, controle de emissões e contaminações pelas duas substâncias.
Dioxinas e furanos, classificados como poluentes orgânicos persistentes (POPs), são subprodutos de processos industriais e de incineração de resíduos perigosos e hospitalares. O Brasil é signatário da Convenção de Estocolmo, que prevê o banimento dos Poluentes Orgânicos Persistentes, substâncias químicas que permanecem no meio ambiente por longos períodos, intoxicando a cadeia alimentar e ameaçando a saúde humana e do meio ambiente. A convenção estabelece a eliminação gradual de um grupo de 12 substâncias, entre elas dioxinas e furanos.
Um dos compromissos do país é reduzir as emissões dessas duas substâncias. Para que isto ocorra são necessárias capacidade técnica e estrutural para a realização de análises laboratoriais que possibilitem determinar a presença na água, ar e solos. Os recursos serão aplicados na adequação do sistema de renovação, filtragem e condicionamento do ar do laboratório. Como os compostos são altamente tóxicos, com níveis permissíveis no ambiente extremamente baixos, as exigências de segurança são muito rigorosas.
Com a instalação do laboratório será possível atender a demanda de controle industrial das substâncias e a execução de diagnósticos de qualidade ambiental para identificação de fontes e quantificar emissões.
Redes Sociais