O projeto do Ministério do Meio Ambiente (MMA) de implementar uma administração por biomas resultou na criação do Núcleo para a Zona Costeira e Marinha. O novo núcleo irá articular instituições e iniciativas voltadas para a conservação e uso sustentável da biodiversidade dos ecossistemas costeiros e marinhos e também coordenará as atividades do segmento ambiental do Programa Antártico Brasileiro (Proantar). Atuará, ainda, no sentido de estabelecer uma interlocução com a sociedade civil organizada e com organizações não governamentais na busca de soluções de conflitos e de denúncias encaminhadas ao MMA. Existem também núcleos para o Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica.
Segundo Leonel Pereira, chefe de gabinete da Secretaria de Biodiversidade, os núcleos permitirão melhor articulação de políticas específicas para cada bioma. Para cada bioma haverá, também, um grupo de trabalho formado por representantes das três esferas de governo, ONGs e instituições de pesquisa. Uma das funções dos núcleos é garantir a continuidade das iniciativas propostas pelos grupos de trabalho. Já estão em funcionamento os grupos de trabalho para a Mata Atlântica e Cerrado. Em breve serão criados o da Caatinga e o da Zona Costeira.
O Núcleo para a Zona Costeira e Marinha já firmou parceria com a National Fish and Wildlife Foundation para continuar a Campanha Conduta Consciente em Ambientes Recifais. O objetivo da campanha é despertar a atenção de professores, estudantes, agentes de turismo e operadoras de mergulho para a conservação dos recifes de coral brasileiros. O Núcleo articulou, ainda, a manutenção do Programa de Monitoramento Global de Recifes de Coral (Reef Check), sob coordenação da Universidade Federal de Pernambuco, com o objetivo de monitorar a saúde dos corais e relacionar os resultados a eventos globais (como mudanças climáticas) ou locais (impactos como pesca, poluição e turismo) e propor soluções de manejo.
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