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MMA capacitará técnicos para preservar sementes tradicionais

Uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente permitirá a preservação de variedades crioulas de sementes de milho, feijão e mandioca em cinco biomas brasileiros. De início, serão capacitados 350 técnicos e lideranças em assentamentos.
Publicado: Terça, 05 Outubro 2004 21:00 Última modificação: Terça, 05 Outubro 2004 21:00

Uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente (MMA) irá permitir a preservação de variedades crioulas de milho, feijão e mandioca nos cinco biomas do país. A criação dos Centros Irradiadores de Manejo da Agrobiodiversidade (Cima) irá permitir a capacitação de técnicos e lideranças de assentamentos de reforma agrária que funcionarão como multiplicadores, compartilhando as técnicas com membros da comunidade e de outros assentamentos.

No primeiro momento serão capacitados 350 técnicos e lideranças, beneficiando diretamente 5,5 mil famílias nos assentamentos. Outras 35 mil famílias em assentamentos vizinhos serão beneficiadas. Os assentamentos escolhidos para sediarem os Cima devem estar situados em área central de um conjunto de assentamentos, facilitando a multiplicação das informações, e terem algum tipo de experiência na área ambiental.

As variedades crioulas são espécies tradicionais cultivadas por comunidades tradicionais, como povos indígenas, quilombolas e agricultores familiares. Essas variedades têm grande variabilidade genética e são melhoradas pelas comunidades e adaptadas às suas condições socioculturais e ambientais.  A adaptação das sementes ao clima local garante maior produtividade. Os primeiros nove centros serão implantados em São Paulo, Ceará, Rio Grande do Sul, Paraná, Sergipe, Paraíba, Rio Grande do Norte, Maranhão e um englobando Goiás e Distrito Federal.

O assessor da Diretoria de Conservação da Biodiversidade do MMA, André Stella, informa que o projeto, além de garantir a conservação das sementes, irá proporcionar segurança alimentar, geração de renda e promoverá a inclusão social. "É uma ótima maneira de preservar a biodiversidade e também de garantir a autonomia dos agricultores, que poderão produzir suas próprias sementes", disse Stella.

O projeto tem linhas temáticas que abrangem o resgate, o melhoramento participativo e o cultivo de sementes crioulas; manejo, cultivo e boas práticas de manipulação de plantas medicinais; manejo agroextrativista sustentável; produção em sistema agroflorestal e manejo e produção animal alternativo.

O cultivo e manejo das plantas medicinais não tem, inicialmente, como objetivo a geração de renda. A idéia é valorizar e garantir a manipulação correta de plantas cultivadas tradicionalmente em quintais para a fabricação de remédios caseiros. As famílias irão aprender a finalidade de cada planta, as dosagens corretas e evitar a contaminação.

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