Analistas ambientais do Ibama do Amapá realizaram, entre 6 e 16 de julho, a quinta expedição no Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, ainda em implementação. A incursão foi feita pelo Rio Oiapoque, no limite norte da unidade, em parceria com o 3º Batalhão de Infantaria de Selva. Durante sete dias, a equipe percorreu o rio para reconhecimento da região e colocação de mais uma placa para demarcar os limites do Parque, junto à confluência dos rios Anotaiê e Oiapoque. A equipe já efetuou expedições de reconhecimento e colocação de placas sinalizadoras nas regiões dos rios Amapari, Araguari e Oiapoque. Além disso, foram realizados dois sobrevôos para composição do acervo de imagens da unidade de conservação.
Na localidade de Vila Brasil, no médio Oiapoque, a equipe se reuniu com a comunidade para prestar esclarecimentos sobre o Conselho Consultivo do Parque Nacional. Na ocasião, foi escolhido um representante para defender os interesses dos moradores locais nas próximas reuniões de recomposição do Conselho Consultivo, que devem ocorrer nos próximos meses. O conselho consultivo do Parque está sendo reformulado para garantir maior representatividade social na implantação do Parque.
De acordo com o analista ambiental e chefe do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, Christoph Jaster, entre as próximas atividades de campo está prevista uma expedição pelo Rio Jari, área mais distante e de maior dificuldade de acesso. O trajeto deve ser realizado no próximo período das chuvas, quando a navegação é menos problemática. Em setembro, deverá acontecer a primeira expedição de caráter científico, num total de cinco a serem realizadas na unidade nos próximos meses, reunindo especialistas de diferentes áreas temáticas. As informações subsidiarão o Plano de Manejo do Parque.
Localizado no noroeste do Amapá, junto às fronteiras com a Guiana Francesa e o Suriname, o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, com 3,867 milhões de hectares, área pouco menor que a do estado do Rio de Janeiro e semelhante a da Bélgica, é a maior unidade de conservação do Brasil e a mais extensa área protegida de Floresta Tropical do planeta. Seus ecossistemas encontram-se em elevado estado de preservação, principalmente pelas características geográficas que dificultam o acesso e a interferência humana.
* com informações do Ibama/AP
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