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Casas com madeira apreendida serão construídas em Santarém

Publicado: Terça, 06 Julho 2004 21:00 Última modificação: Terça, 06 Julho 2004 21:00

O Ministério do Meio Ambiente obteve a liberação de 506 metros cúbicos (cerca de 136 toras) de madeira apreendida pela fiscalização do Ibama, em Santarém, no Pará. Com parte do material, serão construídos os primeiros seis protótipos de Habitações Populares em Madeira na cidade paraense. As casas devem estar prontas até o início de setembro.

A construção de residências com madeira apreendida foi anunciada em fevereiro deste ano, durante o lançamento do novo Programa Nacional de Florestas. A iniciativa é inédita e pretende dar uma "destinação social" a aproximadamente 100 mil metros cúbicos de madeira apreendida no Pará (foto), proporcionando o acesso à moradia em assentamentos do Incra, a famílias de baixa renda, de extrativistas, entre outros. Todo o processo atende à Portaria 17 do Ibama, de 28 de fevereiro de 1997.

Para os seis protótipos, serão usadas 23 toras de madeira. Uma das casas será construída no Ibama, em Santarém, outra no 8º BEC (Batalhão de Engenharia de Construção), também uma na Floresta Nacional de Tapajós e outras três em assentamentos do Incra. Na Flona, a residência servirá como base para pesquisas científicas, como as desenvolvidas pelo Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA, do inglês Large Scale Biosphere-Atmosphere Experiment in Amazonia). O restante da madeira liberada será usada posteriormente na construção de 30 habitações na Reserva Extrativista Tapajós/Arapiuns, com quase 650 mil hectares.

 O projeto da Habitação Popular em Madeira é do Laboratório de Produtos Florestais (LPF) do Ibama em parceria com a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB (Universidade de Brasília). Cada residência possui área de 52 metros quadrados, com sala, dois quartos, cozinha, área de serviço, varanda e banheiro. São parceiros da iniciativa desenvolvida no Pará a Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), a Agência de Desenvolvimento da Amazônia (ADA), os ministérios da Defesa, da Saúde e do Desenvolvimento Agrário e o LBA.

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