As Bacias Hidrográficas dos rios Amazonas e da Prata vão ser inseridas no cenário mundial de monitoramento hidrometeorológico e ficar mais integradas à gestão transfronteiriça das águas. O diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), Marcos Freitas, e o diretor do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Antonio Divino Moura, que participam da 56ª Reunião do Conselho da Organização Meteorológica Mundial (OMM), em Genebra, Suíça, conseguiram que a Organização incluísse no relatório da CHy-OMM a intenção de apoiar a realização dos Projetos Amazon-Hycos e Prata-Hycos. Com isso, as iniciativas brasileiras têm a garantia do suporte institucional da Organização, necessários para a estruturação de projetos do Programa Whicos, que tem como objetivo a observação do ciclo hidrológico mundial.
Além do Brasil, somente um projeto proposto pela Rússia, o Artic-Hycos, foi incluído no relatório, apesar do pedido do restante dos continentes.Para Marcos Freitas, a inclusão dos programas na OMM, organismo das Nações Unidas para a meteorologia e outras ciências, vai permitir "maior integração entre hidrologia e meteorologia e uma redução na vulnerabilidade dos fenômenos climáticos na região das duas bacias". O encontro de Genebra, que termina amanhã, tem a participação de representantes de todos os continentes e visa à cooperação técnica sobre água e clima.
O Hycos Amazon, que abrange Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Venezuela, Peru, Guiana e Suriname, e o Hycos Prata, que inclui Brasil, Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai têm entre os principais objetivos, implantar sistemas de informação hidrometeorológica e geográfica e integrar às ações de uso e gestão de recursos hídricos. Setenta por cento da disponibilidade hídrica do continente está nas bacias transfronteiriças da América do Sul, Amazônia e Prata.
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