O desenvolvimento do comércio local das comunidades da Amazônia é prioridade para o Ministério do Meio Ambiente no que se refere à implantação de uma política de biodiversidade. Segundo a ministra Marina Silva, o governo está realizando um levantamento de todos os produtos e pretende ampliar o comércio interno, em grandes redes de supermercado, por exemplo, e ainda externo, com uma parceria com a Unctad.
O primeiro passo para o fortalecimento do comércio externo foi a assinatura de um acordo entre o Funbio (Fundo Brasileiro para a Biodiversidade) e a Unctad. A carta de intenções assinada pelo secretário-geral do Funbio, Pedro Leitão, e o secretário-geral da Unctad, Rubens Ricupero, pretende estimular a venda de produtos da Amazônia, como o cupuaçu e o açaí, e inclui capacitação dos produtores e levantamento de fundos para garantir as iniciativas locais.
Para a ministra, o apoio da Unctad é fundamental para fortalecer ainda as cadeias sócio-produtivas. Ela afirmou que em breve o próprio Ministério firmará um acordo ainda mais amplo com a Unctad, incluindo inúmeras outras comunidades brasileiras. Com base no conceito da sustentabilidade ética, Marina assegurou que o conhecimento tradicional de manejo dos recursos naturais adquirido pelas comunidades será reconhecido e incentivado com o desenvolvimento tecnológico.
Além de significar melhor qualidade de vida para as comunidades, o programa de biocomércio pretende garantir a inclusão social e até combater a biopirataria. Segundo Marina, o governo quer agilizar a aprovação de uma lei no Congresso Nacional que estabeleça punições àqueles que fazem mau uso da biodiversidade.
Outros projetos - Além da parceria com o Funbio, a Unctad também firmou outros dois acordos de biodiversidade. A Organização Tratado de Cooperação Amazônica, que envolve os oito países da Bacia Amazônica, tem como objetivo desenvolver políticas regionais sustentáveis, apoiar a efetiva integração da região e melhorar a qualidade de vida dessas comunidades. Com a Corpei, maior exploradora de petróleo na região amazônica do Equador, o objetivo é desenvolver trabalhos de responsabilidade ambiental e social nas comunidades que sobrevivem dentro da área explorada, de cerca de 200 mil hectares.
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