Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > InforMMA > Oficinas preparam comunidades indígenas para implantação de projetos
Início do conteúdo da página

Notícias

Oficinas preparam comunidades indígenas para implantação de projetos

Publicado: Terça, 15 Junho 2004 21:00 Última modificação: Terça, 15 Junho 2004 21:00

A Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Ministério do Meio Ambiente e a Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério de Desenvolvimento Social já começaram a organizar oficinas regionais para capacitação técnica em comunidades indígenas. O objetivo é a implantação de projetos financiados pela Carteira de Projetos Fome Zero e Desenvolvimento Sustentável em Comunidades Indígenas, para melhoria da segurança alimentar e das condições ambientais das comunidades.

Serão destinados, inicialmente, R$ 7 milhões para produção sustentável, beneficiamento e comercialização de alimentos, produtos agroestrativistas e artesanais em mais de 76 comunidades em todo o país. As comunidades, localizadas em áreas consideradas prioritárias, foram selecionadas no início deste mês, durante a oficina de trabalho com representantes de organizaçõs e lideranças índígenas, técnicos do MMA, MDS, MDA, Funai, Funasa, Embrapa e organizações não governamentais. A escolha levou em consideração questões como escassez de água e acesso dificultado, falta ou insuficiência de produção agrícola, e degradação ambiental acentuada das terras.

1. Áreas prioritárias para atendimento imediato da Carteira de Projetos Indígena, indicadas pelos participantes da Oficina de Trabalho realizada ndias 03, 04 e 05 de Junho de 2004

1.1 - Região Nordeste e estados de Minas Gerais e Espírito Santo

Critérios de priorização:

Semi-árido, escassez de água
Segregação, acesso dificultado
Falta de orientação para elaboração e desenvolvimento dos projetos, falta capacitação

Áreas Prioritárias

Minas Gerais: Xakriabá, Maxacali, Pataxó/Fazenda Guarani

Pernambuco: Atikum, Kambiwá, Pankaiuká

Ceará: Tapeba, Pitaguary, Tabajara

Alagoas: Jeripankó, Kalangó, Kouipanká

Bahia: Tumbalala, Kantaruré,Tupinambá


1.2. Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul

Áreas prioritárias

São Paulo:  Terena, Kopenoty, Ekruá, Guarani, Pyhan,  Nimuendaju, Teregua, Barão do Antonino, Jaraguá, Vale do Ribeira, Litoral Sul.

Santa Catarina: Kaingang, Kondá, Chimbangue, Xarecó, Toldo Imbu, Guarani, Massiambu, Morro dos Cavalos, Morro Alto, Palhoça, Araçaí, Xokleng, Ibirama

Rio de Janeiro: Guarani, Litoral sul, Sapukai

Mato Grosso do Sul: Guarani, Taquara, Arroio-Corá, Antonio João, Kokue-i, Bororo, Guató, Área Guató, Terena,  Área Buriti, Urbanizados, Ofayé-Xavante, Área Ofayé

Paraná: Kaingang, Boa Vista, Laranjinha, Guarani,  Mangueirinha, Rio das Cobras , São Geronimo, Faxinal, Ivaí

Rio Grande do Sul: Kaingang, Guarita, Ligeiro, Monte Caseros, Guarani, Viamão, Vale do Ribeira

1.3. Amazônia Legal

Áreas prioritárias

Mato Grosso: Bakairi - Paranatinga Santana : Produção local insuficiente. Mudança de hábitos alimentares. Área de cerrado. Produção de soja. Desnutrição.

Xavante-São Marcos (MT):A terra desgastou-se. Não há produção agrícola suficiente. Situação de fome!

Tocantis: Xerente: A produção de arroz não é suficiente para suprir as necessidades alimentares. Precisa de diversidade alimentar. O acesso à pesca é restrito. A caça também. Fome local. Plantio da soja destrói atividades produtivas.

Krahô:Sem roça. Enchente destruiu plantação à margem do rio. Fazem duas refeições por dia. A produção não é constante. Pouca alimentação local. Passam fome. A produção de soja e a queima da mata são problemas locais.

Pará: Juruna (Xingu): Vivem entre fazendeiros, não têm atividades produtivas, rios sem peixes. Pouca produção local de mandioca. Não têm assistência.

Maranhão: Guajás : semi-nômades. Vivem de forma quase isolada. Invasão de posseiros e madeireiros. Não têm atividade produtiva. Alimentação básica: coco babaçu, banana e frutas disponíveis. Área de difícil acesso. Miséria. Não falam português.

Guajajara  e Gavião:Comem basicamente farinha com água, 90%. Alto índice de índios nas periferias da cidade sem renda alguma.

Acre: Katuquina - Produção local insuficiente. Não há insumos e equipamentos para atividades produtivas. Rios sem peixes, desnutrição severa. Fome. Alto índice de mortalidade.

Roraima: Macuxi/Wapixana (Aldeia São Marcos): Solo infértil. Troca de alimentos para se manter. Alimentação com pouca diversidade.

Amazonas: Yanomani  Rio Marauia:  eram povos nômades, ao se tornarem sedentários, passaram a ter problemas, não têm alimentos disponíveis. Não há atividades produtivas no local. Só produzem banana. Há fome. 81% de mortalidade.

Vale do Javari  Marubo, Mairuna (AM):Sedentarização. Surto de hepatite no local.

Nambikuara, Bororo, Urubu, Kaapor:faltavam informações no grupo.

Obs: relatório do GT da Amazônia Legal em anexo

2. Indicação dos representantes indígenas na Comissão de Avaliação de Projetos, indicados pelas organizações indígenas presentes na Oficina de Trabalho:

2.1 - Amazônia Legal

1. Titular: Sheila Machado da Silva, Juruna

Suplente: Manduca Tavares neto, Wapixana

2. Titular: Sônia Bone Souza Santos, Guajajara

Suplente: Magno Amaldo, Bakairi


2.2 - Sul, Sudeste e MS:

MS :

1. Titular: Anastácio Peralta, kaiowá

Suplente: Eliel Benites, Kaiowá

RS, PR e SC:

2. Titular: Maria Inês de Freitas, Kaingang

Suplente: Ari Paliano, Kaingang

RJ e SP:

3. Titular: Jupira, Terena

Suplente: Adolfo Timóteo, Guarani


2.3 - Nordeste, MG , ES:

Titular: Maninha Xukuru

Suplente: Dorado Tapeba

Titular: Paulo Tupinikim

Suplente: Sandro Tuxá

Fim do conteúdo da página