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Ministra inaugura laboratórios na comemoração dos 196 anos do Jardim Botânico

Publicado: Quinta, 10 Junho 2004 21:00 Última modificação: Quinta, 10 Junho 2004 21:00
 




A ministra Marina Silva participou, no Rio de Janeiro, das comemorações dos 196 anos do Jardim Botânico, dia 9 de junho, com uma série de atividades que marcam conquistas importantes da instituição. A ministra inaugurou os laboratórios de Fitossanidade e de Biologia Molecular, e do Banco de DNA, único no Brasil de espécies vegetais nativas, dedicado à pesquisa da flora brasileira.


No mesmo dia foi reaberta ao público a Estufa de Insetívoras, que passou por uma reforma e recuperou sua função original de espaço para exposição das Coleções Vivas do JBRJ. Uma das atrações do lugar é a réplica do Graf Zeppelin, que ficará suspensa na cúpula da estufa. Em 1935, o dirigível trouxe do Jardim Botânico de Berlim-Dahlem, na Alemanha, os primeiros espécimes de plantas insetívoras.


Durante o evento a ministra apresentou o Fundo de Áreas Protegidas (FAP), a mais nova iniciativa para a conservação da biodiversidade amazônica, parte integrante do programa governamental Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA). O FAP, que já nasce com recursos da ordem de 1 milhão de dólares, será administrado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).


A ministra Marina Silva deu ainda a aula inaugural do Projeto Agentes da Natureza  Monitores do Jardim, que prepara estudantes da rede pública de ensino para informar e orientar os visitantes, ajudando a preservar as mais de 13.000 plantas do arboreto.


Todas essas iniciativas se inserem na proposta do Jardim Botânico de ser uma instituição voltada para a pesquisa científica e a educação ambiental e aberta à interação com a sociedade.


Laboratório de Fitossanidade - O Laboratório de Fitossanidade permitirá o combate e a prevenção de doenças provocadas por microorganismos como cupim, broca e formiga, que atingem 50% das árvores e plantas do JBRJ. Além de diagnosticar e propor estratégias de controle às pragas, ele irá agregar aos quadros permanentes da instituição pesquisadores da área de fitopatologia. Esta ação consolidará a integração do JBRJ à Política Nacional de Biodiversidade, conforme atribuição do Ministério do Meio Ambiente.

Estufa das Insetívoras - A reforma da estufa teve como objetivo resgatar sua função original, que é ser um espaço para exposição das Coleções Vivas do JBRJ. Sua revitalização permitirá o acesso do público a coleções há muito fechadas à visitação, como a Cactaceae. O acervo será disposto de forma didática e atraente, acompanhado de informações históricas e científicas, de modo a atrair o interesse dos visitantes. O público leigo saberá, por exemplo, que as insetívoras, como são conhecidas as plantas que se alimentam de insetos, pertencem à espécie Nepenthes. A estufa ganhou uma novidade: uma réplica do Graf Zeppelin, suspensa na cúpula. O dirigível trouxe do Jardim Botânico de Berlim-Dahlem, na Alemanha, em 1935, os primeiros espécimes de plantas insetívoras. A reforma foi patrocinada pela Caixa Econômica Federal.


Laboratório de Biologia Molecular  A exemplo de outros jardins botânicos e institutos de pesquisas internacionais, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro terá uma ferramenta de ponta para o estudo vegetal. O laboratório permitirá o desenvolvimento de pesquisas em biologia molecular, aprofundando abordagens sobre a classificação das plantas e sua conservação genética, eixos técnico-científicos essenciais à consolidação da missão do Jardim Botânico na preservação da flora brasileira. O laboratório estabeleceu um convênio com o Departamento de Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).


Banco de DNA  O Jardim Botânico do Rio de Janeiro é o primeiro do Brasil a contar com um banco de DNA voltado para a pesquisa da nossa flora e a conservação genética de sua diversidade. A partir dele será possível conservar genes que, no futuro, poderão ser utilizados para produzir substâncias de interesse econômico, mesmo que a espécie não mais exista na natureza. O banco vai trabalhar com amostras de coleções do arboreto como palmeiras; espécies relevantes de ecossistemas brasileiros raros e/ou ameaçados, com ênfase nos ecossistemas fluminenses; amostras do herbário; grupos taxonômicos estudados pelos pesquisadores do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro. O laboratório tem patrocínio da Aliança do Brasil Companhia de Seguros, empresa coligada do Banco do Brasil.


Monitores do Jardim  O objetivo do Projeto Agentes da Natureza  Monitores do Jardim é recrutar e treinar 40 alunos da rede pública de ensino, com idades entre 16 e 20 anos. Durante treze meses, distribuídos em dois turnos, os estudantes vão informar e orientar os visitantes, de modo a preservar as mais de 13.000 plantas do arboreto. Eles estarão aptos também a dar informações sobre o acervo do Jardim e sua história. Inspirada no projeto O Primeiro Emprego do governo federal, a iniciativa visa também, através da educação ambiental, dar noções de cidadania aos jovens participantes.



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