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Governo faz campanha para combater mexilhão dourado

Publicado: Segunda, 12 Abril 2004 21:00 Última modificação: Segunda, 12 Abril 2004 21:00
 

O Ministério do Meio Ambiente inicia no dia 22 uma campanha nacional de combate ao mexilhão dourado (Limnoperna fortunei) para difundir informações sobre os problemas causados pela invasão do molusco e a necessidade de conter sua expansão. A campanha também apresentará o Plano de Ação Emergencial, aprovado pela Força Tarefa Nacional para Controle do Mexilhão, coordenada pela Secretaria de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente e formada por representantes dos ministérios da Agricultura, Integração, Saúde, Transportes, Minas e Energia e Marinha, governos estaduais e empresas de saneamento e energia.

O Plano Emergencial prevê a utilização de hipoclorito de sódio nas represas, onde for detectada concentração de mexilhão dourado, e tinta anti-incrustante nos cascos das embarcações que transitam pelas áreas afetadas. Durante a campanha, serão distribuídos folders com orientações do plano e informações sobre o Limnoperna fortunei.

Invasão- O mexilhão dourado é um molusco originário dos rios asiáticos, encontrado, geralmente, fixado a substratos duros, naturais ou artificiais. Em 1991 foi introduzido na Bacia do Prata, Argentina, por meio da água de lastro de navios de carga. No Brasil, o primeiro registro da presença do mexilhão foi em 1998, na área do Delta do Jacuí, em frente ao porto de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Levantamentos recentes, realizados por pesquisadores da PUC do Rio Grande do Sul, da Universidade Estadual de Maringá e da Embrapa/Pantanal confirmaram e ampliaram o quadro geral da invasão do mexilhão e dos seus problemas. Foi constatado a rápida reprodução e a concentração da espécie no Rio Grande do Sul, Paraná e Pantanal.

O molusco invasor está provocando redução de diâmetro e obstrução de tubulações das companhias de abastecimento de água potável e o entupimento de filtros das turbinas no setor de geração de energia. Em conseqüência disso, as empresas precisam fazer manutenções específicas e mais freqüentes, com custos extraordinários. A situação também leva a mudanças nas práticas de controle ambiental, na rotina de pesca de populações tradicionais e prejudica o sistema de refrigeração de pequenas embarcações.

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