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Centro de monitoramento permitirá fiscalizar desmatamentos em tempo real

O centro irá cruzar informações a partir de imagens fornecidas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ibama, pelo Sistema Integrado de Proteção da Amazônia (Sipam), Incra e outros órgãos do governo que atuam na Amazônia.
Publicado: Segunda, 12 Abril 2004 21:00 Última modificação: Segunda, 12 Abril 2004 21:00

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, inaugurou hoje (13/04) o Centro de Monitoramento Ambiental (Cemam) do Ibama, que irá fornecer imagens da Amazônia em tempo real, possibilitando a fiscalização mais eficiente de desmatamentos e queimadas. O centro irá cruzar informações a partir de  imagens fornecidas pelo Instituto Nacional de Pesquisas espaciais (Inpe), Ibama, pelo Sistema Integrado de Proteção da Amazônia (Sipam), Incra e outros órgãos do governo que atuam na Amazônia. "Nosso grande desafio é processar as infomações e dar conseqüência a elas", afirmou a ministra.

Marina Silva destacou que Cemam funcionará dentro da mesma ótica do Plano de Ação de Combate ao Desmatamento, envolvendo esforços de diversos ministérios e órgãos de governo com o objetivo de não apenas conter o desmatamento ilegal, mas também promover o desenvolvimento sustentável na região. A Amazônia brasileira tem 5,2 milhões de km² (61% do território brasileiro) e tem 20 milhões de habitantes, o equivalente a 12% da população do país. A região tem a maior reserva de água doce do planeta e, também, um terço das florestas tropicais.

A parceria com o Sipam dará ao Cemam uma complexa base tecnológica de ponta e uma rede integrada de organizações que atuam na gestão e na proteção da Amazônia Legal. Para isso serão utilizados sistemas de sensoriamento por satélite, plataformas de coleta de dados, estações meteorológicas, de radar e de exploração de comunicações e aeronaves de vigilância. No total, serão 900 bases interligadas por um sistema telefonia próprio desenvolvido pelo Sipam, incluindo gerências e postos do Ibama, postos da Funai, escritórios do Incra e unidades da Polícia Rodoviária Federal.

Na prática, isto significa que para entrar em contato com uma base na fronteira do Brasil com a Colômbia, por exemplo, não haverá gasto com a ligação telefônica. A transferência de informações em tempo real permitirá, ainda, que fiscais sejam informados da ocorrência de desmatamentos enquanto eles estiverem ocorrendo. Com a integração de informações de diversas fontes, o Ibama terá condições de monitorar pontos críticos de desmatamento até mesmo diariamente, caso considere necessário. As informações transferidas aos fiscais terão coordenadas geográficas com pequena margem de erro, facilitando a averiguação de irregularidades.  

O Cemam irá funcionar como um sinal de alerta não só para desmatamentos, mas também para outras emergências e  riscos ambientais como: queimadas, incêndios florestais, processos de degradação e ocupação irregular do solo. As operações de monitoramento do centro englobam um conjunto de sistemas e de processos de geoprocessamento que permitem o acompanhamento, o controle e a análise das alterações do meio ambiente e a identificação de suas origens, assim como a avaliação de eventuais intervenções para a restauração da qualidade ambiental.

Durante a solenidade, que contou com a presença do secretário-executivo da Casa Civil, Swedenberger Barbosa, do presidente do Ibama, Marcus Barros, a ministra Marina Silva contactou uma base em Ji-Paraná, em Rondônia, e enviou informações sobre uma área a ser fiscalizada na região.

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