A Secretaria de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente e a Administração do Meio Ambiente (Adema ) de Sergipe terminam até o final deste mês o mapeamento dos manguezais do litoral Sul do estado. O trabalho visa identificar os problemas e quantificar a área com o objetivo de criar um sistema de monitoramento dinâmico dos mangues. As informações vão subsidiar o governo na elaboração de uma lei de zoneamento e de um plano de gestão e manejo.
Segundo a coordenadora do programa no estado, Gleideneides Teles dos Santos, a expansão imobiliária, a carcinicultura (criação de camarões) e as atividades turísticas são as principais causas de ameaça dos manguezais. O mapeamento está sendo realizado nos municípios de São Cristóvão, Itaporanga DAjuda, Estância, Santa Luzia do Itanhy e Indiaroba que somam uma área de 2.496 quilômetros, onde se localiza a Área de Proteção Ambiental Litoral Sul. A população da região é superior a 170 mil habitantes e cresce acima da média estadual.
Os recursos naturais, além da abundância da fauna, atraem para a região turistas, ecoturistas e pesquisadores. De acordo com pesquisas do governo, o incentivo ao turismo tem provocado a expansão urbana de forma desordenada, com loteamentos clandestinos, desmonte de dunas, desmatamento e aterros. A situação se agrava com a poluição dos estuários por esgoto sanitário e efluentes industriais e a proliferação de viveiros de camarões clandestinos em manguezais. A produção de petróleo, em São Cristóvão, também amplia o potencial de risco da região.
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