A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou sexta-feira, em debate na TV Câmara, que a realização da 1ª Conferência Nacional de Meio Ambiente é fundamental para envolver a população na formulação de uma política ambiental que contemple os diversos setores da sociedade. Marina Silva lembrou que houve grande mobilização em todo o país por meio de conferências preparatórias realizadas nos estados. Segundo a ministra, "só um esforço conjunto, com a participação do Ministério do Meio Ambiente, mas também de outros ministérios, poderá garantir a implementação e o sucesso de políticas ambientais". Marina Silva informou que todos os debates acumulados no país na área ambiental, com destaque para o da Agenda 21, serão aproveitados na 1ª Conferência Nacional, que será realizada no próximo final de semana, em Brasília.
Além da ministra, os deputados Eduardo Paes (PSDB-RJ) e Edson Duarte (PV-BA) e a , coordenadora da Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA), Miriam Prochnow, participaram de debate ao vivo, na TV Câmara. Entre os temas, os preparativos para a 1ª Conferência Nacional de Meio Ambiente, prioridades do governo para a área de meio ambiente, projetos de desenvolvimento sustentável, preservação de matas e florestas, transgênicos e o projeto de lei de biossegurança (PL 2401/03).
Para a coordenadora da RMA, a realização da Conferência Nacional é importante, mas ela considera que, durante a mobilização, a maior participação de alguns setores pode ter gerado um desequilíbrio na eleição dos delegados que participarão do evento. Para o deputado Edson Duarte (PV-BA), apenas uma mobilização não resolverá todos os problemas do Brasil em relação ao meio ambiente. Segundo o parlamentar, o desafio de implementar as políticas para o setor é envolver todos os segmentos da sociedade e os governos estaduais. Já o deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ), classificou a conferência como um marco na política ambiental.
Segundo a ministra Marina Silva, a questão ambiental é "abrangente e complexa" e o esforço do governo de trabalhar essa variável de forma integrada e transversal é inédito. Ela explicou que optou e tem conseguido fazer uma política ambiental de governo e não de ministério. Ela citou como exemplo o envolvimento de 11 ministros na discussão sobre as políticas para combater o desmatamento na Amazônia e implementar um modelo de desenvolvimento sustentável para a região.
* com informações da Agência Câmara
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