Brasília (DF) - O Brasil e a Tanzânia, país africano, assinarão um acordo para cooperação técnica na área de recursos hídricos. O Brasil vai repassar informações sobre a gestão das águas, sobretudo diretrizes para o arcabouço legal e institucional na gestão e preservação dos recursos hídricos.
Na tarde desta segunda-feira, a ministra Marina Silva recebeu o ministro da Água e Pecuária da República Unida da Tanzânia, Edward Lowassa (foto). Patrocinada e sugerida pelo Banco Mundial, a visita deve durar uma semana. "Quando o presidente Lula visitou a África, recentemente, deixou clara sua intenção de estreitar os laços com o continente. Essa parceria já é fruto desse desejo", disse Marina Silva.
Em Brasília, a comitiva da Tanzânia está conhecendo projetos desenvolvidos pela Agência Nacional de Águas (ANA). Na quarta-feira, segue para Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), onde seus integrantes conhecerão, por exemplo, trabalhos de irrigação e a barragem de Sobradinho. Segundo o coordenador do Projeto de Gestão de Bacias Hidrográficas da Tanzânia, Washington Mutayoba, o país possui uma região central com poucas chuvas durante o ano, que traz semelhanças climáticas com o semi-árido nordestino. Há também a preocupação de fazer um plano de recursos hídricos para todo o país, que deverá resultar também num projeto de lei. Ele demonstrou interesse em conhecer os projetos do Ministério do Meio Ambiente para a convivência com a seca.
Conforme Mutayoba, seu governo se preocupa em organizar a gestão da água porque há conflitos de uso entre irrigação, abastecimento da população e também na manutenção e preservação da fauna e flora. A Tanzânia tem o maior parque nacional da África, o Parque de Serengeti, por onde passa o Rio Mara. Trata-se de uma região de savanas povoadas por centenas de animais, como leões, zebras e outras espécies, que ali vivem protegidos, atraindo turistas do mundo inteiro.
Durante a manhã, na ANA, o ministro Lowassa demonstrou interesse no modelo dos comitês de bacia e na organização da legislação de recursos hídricos tendo como ponto de partida as bacias hidrográficas. A Tanzânia, conforme explicou, tem planos para organizar o uso dos rios que atravessam fronteiras, sobretudo com a Uganda.
Ascom ANA / MMA
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