O ministro interino do Meio Ambiente, Claudio Langone, defendeu hoje, no Fórum Internacional das Águas, em Porto Alegre (RS), o uso da água regulado pelo estado. Segundo ele, o Brasil, como país em desenvolvimento, ainda tem acesso injusto ao recurso natural. Langone participou do painel Água e Desenvolvimento juntamente com António Gonçalves Henriques, do Ministério das Cidades de Portugal, com o diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Jerson Kelman, e com o representante da Secretaria de Recursos Hídricos do MMA, Marlei Mendonça. O encontro, promovido pela Associação Riograndense de Imprensa, conta com o apoio do MMA e termina sábado.
De acordo com Langone, dos recursos naturais, a água é o que tem maior relação com as atividades humanas e com o desenvolvimento. "Pela qualidade da água e pela forma como ela é tratada, é possível saber o nível de desenvolvimento de um país e o grau de consciência de sua população", disse. Ele afirmou que o Brasil, fazendo a opção pelo desenvolvimento sustentável, deve tratar das questões ambientais na origem das estratégias de desenvolvimento e implementação de projetos e programas. Segundo o ministro interino, "a sociedade precisa aprender a valorizar a água e traduzir isso em ações práticas". Para Langone, a regulação do uso da água passa não apenas pelo fornecimento, mas também pelo saneamento básico.
O diretor-presidente da ANA, Jerson Kelman, defendeu o gerenciamento dos rios como forma de regular e equilibrar o uso da água no país. Kelman citou os planos de bacias como um instrumento eficiente para garantir o acesso à água a todos os segmentos da sociedade, mantendo o abastecimento público e estimulando as atividades produtivas.
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