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Projeto enfoca biodiversidade e mudança do clima

Objetivo é promover a conservação dos recursos naturais como forma de adaptação às alterações climáticas no bioma Mata Atlântica, cujo dia é comemorado nesta segunda-feira 
Publicado: Segunda, 27 Maio 2019 12:06 Última modificação: Quarta, 29 Maio 2019 21:41 Autor: Elmano Augusto Ferreira Cordeiro
Crédito: Arte: Altevir Freitas sobre foto de Wilgold Shaffer Projeto enfoca biodiversidade e mudança do clima
Brasília – O Brasil comemora nesta segunda-feira (27) o Dia Nacional da Mata Atlântica. A data é uma referência a 27 de maio de 1560, quando o Padre Anchieta assinou a Carta de São Vicente, documento no qual descreveu, pela primeira vez, a biodiversidade das florestas tropicais nas Américas.

Para ajudar a conservar o bioma e sua biodiversidade, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) implementa o projeto Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica, no contexto da Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável Brasil-Alemanha. Além de contribuir para a conservação da fauna e flora, a iniciativa ajuda a melhorar a qualidade de vida da população.

A Mata Atlântica abrange as maiores cidades e regiões metropolitanas do Brasil. Nela, moram mais de 145 milhões de pessoas. Mais de 80% da produção econômica nacional é gerada nessa região, considerada o centro socioeconômico do país. Todavia, a vegetação remanescente ocupa cerca de 29% da área de cobertura vegetal original do bioma.

ESTRATÉGIA


Técnicos do projeto durante curso de capacitação em campo: adaptação baseada em ecossistemas (foto: Acervo Projeto Mata Atlântica)
 
O projeto utiliza a abordagem de Adaptação baseada em Ecossistemas (AbE), que inclui o uso da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos como parte de uma estratégia maior para ajudar pessoas a se adaptarem aos efeitos adversos da mudança do clima e eventos climáticos extremos.

Esses eventos extremos já provocaram danos socioeconômicos consideráveis nos últimos anos, devido à ocupação desordenada e degradação avançada de áreas de Mata Atlântica. Além disso, os especialistas ainda não conhecem todas as vulnerabilidades dos ecossistemas na região, fazendo com que a mudança do clima represente uma ameaça adicional.
 
Para amenizar esses efeitos, o projeto identificou riscos climáticos para toda a Mata Atlântica. Com o auxílio de processos participativos, definiu medidas de AbE para mais de 210 mil hectares na região. As medidas estão incluídas em diversos Planos Municipais de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA).
 
DESAFIO
 
MATA ATLANTICA 4Medidas integram planos de conservação e recuperação dos recursos naturais da Mata Atlântica (foto: Wilgold Shaffer)  

O desafio agora é identificar novas medidas que sejam incorporadas aos Planos Municipais de todas as cidades que abrangem o bioma. Atualmente, outros 17 PMMAs estão em planejamento no âmbito do projeto.
 
Para que esse trabalho seja aplicado e implementado por outros municípios, o projeto promove cursos de capacitação. Mais de 60 formadores e mais de 220 atores-chave em nível local, regional e nacional de órgãos públicos, academia, sociedade civil organizada e setor privado foram treinados para repassar as informações.
 
Atualmente, o projeto desenvolve curso online para que mais pessoas se capacitem e conheçam as medidas AbE que podem ser implementadas em suas regiões.
 
Com essas e outras ações, em parceria com governos, instituições da sociedade civil e populações locais, o MMA busca tornar o Dia da Mata Atlântica um momento de reflexão e conscientização sobre a importância da conservação da biodiversidade das florestas tropicais, de modo que a data seja lembrada, também, pela importância da Mata Atlântica para a proteção das pessoas em relação aos efeitos da mudança do clima.
 
SAIBA MAIS
 
O projeto
 
O Projeto Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica é uma realização do governo brasileiro, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), no contexto da Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável Brasil-Alemanha e no âmbito da Iniciativa Internacional do Clima (IKI) do Ministério Federal do Meio Ambiente, Proteção da Natureza e Segurança Nuclear (BMU) da Alemanha.

O projeto conta com apoio técnico da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH e apoio financeiro do KfW Banco de Fomento Alemão, por intermédio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio). Clique aqui para conhecer mais detalhes.

A Mata Atlântica
 
MATA ATLANTICA 5
O bioma fornece serviços ecossistêmicos para 145 milhões de brasileiros (foto: Wilgold Shaffer) 

Originalmente, o bioma ocupava mais de 1,3 milhões de km² em 17 estados do território brasileiro, estendendo-se por grande parte da costa do país. Porém, devido à ocupação e atividades humanas na região, hoje restam cerca de 29% de sua cobertura original.
 
Mesmo assim, estima-se que existam na Mata Atlântica cerca de 20 mil espécies vegetais (35% das espécies existentes no Brasil, aproximadamente), incluindo diversas espécies endêmicas (exclusivas do local) e ameaçadas de extinção.
 
Essa riqueza é maior que a de alguns continentes, a exemplo da América do Norte, que conta com 17 mil espécies vegetais e Europa, com 12,5 mil. Esse é um dos motivos que torna a Mata Atlântica prioritária para a conservação da biodiversidade mundial.

Em relação à fauna, o bioma abriga, aproximadamente, 850 espécies de aves, 370 de anfíbios, 200 de répteis, 270 de mamíferos e 350 de peixes.
 
Além de ser uma das regiões mais ricas do mundo em biodiversidade, a Mata Atlântica fornece serviços ecossistêmicos essenciais para os 145 milhões de brasileiros que vivem nela. Clique aqui para obter mais informações sobre o bioma.
 
Ascom MMA
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